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Mulher internada com dengue tem traumatismo craniano após cair da janela de UPA no DF

Família disse que houve descuido e fez boletim de ocorrência; paciente está em estado grave no Hospital de Base

Brasília|Amanda Dias, da Record TV, e Vanessa Marques, do R7, em Brasília

Cidalva Prates Guedes, que caiu da janela e está em estado grave no Hospital de Base
Cidalva Prates Guedes, que caiu da janela e está em estado grave no Hospital de Base

Após ser medicada com um sonífero na Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Ceilândia (DF), a cozinheira Cidalva Prates Guedes, de 53 anos, caiu da janela, teve traumatismo craniano e foi transferida para o Hospital de Base de Brasília, onde está intubada em estado grave. A família afirma que houve negligência.

Cidalva procurou a UPA com dores abdominais, febre e fraqueza em 4 de março. Ela foi diagnosticada com dengue e estava internada no local há cinco dias.

"Minha mãe ficou na ala verde da UPA, onde ficou sem direito a acompanhante. Durante as visitas familiares, ela se queixava de muita dor e falta de auxílio", disse uma das filhas de Cidalva, Andressa Guedes Araujo, no registro da ocorrência policial.

Segundo Andressa, a saúde da mãe piorou e ela foi transferida para a ala vermelha da UPA após a solicitação da médica na última quinta-feira. Ela conta que Cidalva estava assustada, confusa e que foi levada em cadeiras de rodas, pois não conseguia andar.


Na noite da última quinta-feira, Ana Carolina Guedes Araujo, a outra filha da paciente, foi informada que a mãe, após apresentar quadro de agitação por 20 minutos, foi medicada com o sonífero Zolpidem, teve delírios e pulou da janela, que tem altura de cerca de dois metros.

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Assista ao vídeo em que um dos filhos de Cidalva mostra a janela em que a mãe caiu:

Ainda de acordo com o relato de Andressa à polícia, houve demora no atendimento e o médico da UTI móvel disse "que a paciente deveria ter sido intubada imediatamente após a queda, mas não sabia explicar o por que a UPA não adotou o procedimento".


Cidalva está intubada no Hospital de Base, em estado grave. Andressa afirma que houve negligência e questiona as informações apresentadas pela UPA por não acreditar que uma senhora debilitada poderia cair da janela. "O caso é grave e não sei se minha mãe vai resistir", lamentou.

Iges-DF

Em nota, o Instituto de Gestão Estratégica de Saúde do DF (Iges-DF) disse que a paciente deu entrada na UPA com um quadro de dengue e que foi prestada a devida assistência. Eles também afirmaram que, por Cidalva ter menos de 60 anos, ela não tinha direito a acompanhante.

O texto diz que quando foi identificada a piora do quadro de saúde, a paciente foi encaminhada para a sala vermelha. "No momento da admissão, a paciente não apresentava um quadro que necessitasse de contenção, pois não tinha sinais de agitação ou de violência. Dado momento em que a equipe prestava assistência a outro paciente da mesma sala, a equipe ouviu o barulho e quando foi ao leito, a paciente havia se jogado da janela. No mesmo momento, a equipe prestou toda assistência à paciente, reavaliou a mesma e posteriormente a encaminhou e solicitou uma tomografia e um parecer da neurocirurgia do Hospital de Base".

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A gestão da unidade e o Núcleo de Segurança do Paciente apuram todos os fatos para que sejam adotadas as medidas necessárias que evitem situações semelhantes, segundo a nota. "O Iges-DF reafirma que não houve omissão por parte da equipe da UPA".

A 19ª Delegacia de Polícia Civil (P Norte — Ceilândia) investiga o caso.

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