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Na Ásia, Lula quer fortalecer comércio e parcerias em energia, defesa e tecnologia

Além de estreitar relações comerciais com o continente, petista pode se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump

Brasília|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • O presidente Lula busca fortalecer parcerias estratégicas do Brasil com países do Sudeste Asiático durante visita à Indonésia e Malásia.
  • Ele pode se encontrar com o presidente dos EUA, Donald Trump, em Kuala Lumpur, onde também participará da cúpula da Asean, a primeira para um presidente brasileiro.
  • A agenda inclui discussões sobre segurança alimentar, bioenergia, defesa e educação, visando ampliar a presença econômica do Brasil na região.
  • Lula pretende abordar a proteção das florestas tropicais e a crise climática nas discussões multilaterais, reforçando a importância do intercâmbio cultural e técnico.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Lula deve retornar ao Brasil na próxima terça (28) Valter Campanato/Agência Brasil - 20.10.2025

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva pretende, durante viagem oficial à Indonésia e à Malásia, fortalecer as parcerias estratégicas do Brasil com o Sudeste Asiático e ampliar a presença econômica e política do país na região.

A viagem, que ocorre em um momento de crescente importância geopolítica do bloco asiático, tem como foco o estreitamento das relações comerciais, além de cooperação em setores estratégicos, como energia, defesa e tecnologia.


Além disso, a Ásia pode abrigar o primeiro encontro presencial e oficial entre Lula e o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Embora não haja confirmação do “cara a cara” entre os dois, o brasileiro deixou espaço na agenda, no domingo (26), para eventual reunião com o líder norte-americano (leia mais abaixo).

O pano de fundo para o giro internacional de Lula é o convite para a cúpula da Asean (Associação de Nações do Sudeste Asiático), que ocorre na capital da Malásia, Kuala Lumpur. O petista será o primeiro presidente brasileiro a participar do evento.


Antes de ir à Malásia, Lula terá encontros em Jacarta, capital da Indonésia, com autoridades locais, incluindo o presidente Prabowo Subianto. No Palácio Merdeka, eles vão discutir uma agenda bilateral ampla.

Diálogo bilateral

Entre os temas prioritários, estão a segurança alimentar, para ampliar as exportações brasileiras de alimentos como carne bovina e de aves para o mercado indonésio, e a ampliação da cooperação em bioenergia e energias renováveis, setores nos quais o Brasil busca ampliar investimentos.


Além das questões comerciais, o diálogo entre Brasil e Indonésia envolverá a cooperação na área de defesa, com potencial para parcerias na indústria aeronáutica e em outros segmentos estratégicos.

Segundo o Ministério das Relações Exteriores, a visita também deve contemplar projetos educacionais e culturais, e reforçar os laços entre os países para além da economia, ampliando o intercâmbio de conhecimento e formação técnica.


Leia mais

Na agenda multilateral, Lula pretende abordar temas globais que interessam a ambas as nações, como a proteção das florestas tropicais.

Na avaliação da diplomacia brasileira, a crise climática, a reforma da governança global e esforços para promover a paz no Oriente Médio também farão parte das discussões.

Parcerias na Ásia

Na Malásia, além de participar da cúpula da Asean, o Brasil busca ampliar as oportunidades de comércio bilateral e consolidar parcerias em tecnologia, defesa e energias limpas.

A Malásia, assim como a Indonésia, é um polo importante da economia asiática e um parceiro estratégico para o Brasil na região.

A ampliação da presença brasileira no Sudeste Asiático faz parte da estratégia do governo Lula de diversificar mercados e fortalecer a inserção do Brasil em blocos econômicos emergentes, para criar oportunidades à indústria nacional e ao agronegócio.

A região é vista como fundamental para o crescimento econômico sustentável e a cooperação em inovação tecnológica.

Durante a viagem, o presidente também deve reforçar a importância de parcerias que contribuam para o desenvolvimento da infraestrutura energética, com destaque para projetos que envolvam energias renováveis, como a bioenergia, área na qual o Brasil possui experiência e potencial exportador.

‘Cara a cara’ com Trump

Lula embarcou na manhã dessa terça-feira (21) mirando um eventual encontro presencial com Trump.

O brasileiro não marcou compromissos para o próximo domingo à espera de uma reunião com o republicano, que também estará presente na cúpula na Malásia.

Apesar de garantir a agenda “livre”, o movimento da diplomacia brasileira não significa a confirmação de uma conversa “cara a cara” entre Lula e Trump, de acordo com o governo. No entanto, fontes do Palácio do Planalto acreditam que é “muito provável” que ela ocorra.

Desde a aproximação entre o republicano e o petista, após breve encontro na Assembleia Geral da ONU (Organização das Nações Unidas), em Nova York, nos EUA, a Malásia era tida como o local mais plausível para uma reunião presencial entre os dois.

Isso porque a presença de Lula e Trump nos eventos era dada como certa mesmo antes do estreitamento da relação. O esbarrão na ONU levou a uma ligação telefônica entre os presidentes, em 6 de outubro.

Não há expectativa do governo brasileiro de que o “cara a cara” leve ao avanço das negociações em torno do tarifaço imposto por Trump a produtos do Brasil. Essa discussão ocorre entre as equipes técnicas e diplomáticas de ambos os países. Assim, o encontro entre Lula e Trump seria apenas para “selar” a paz entre os dois.

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