Durante a cerimônia de posse de Paulo Gonet como procurador-geral da República nesta segunda-feira (18), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva disse que não pode existir a possibilidade de o Ministério Público "achar que todo político é corrupto". Lula falou ainda de "acusações levianas" e afirmou que "nunca" vai pedir um favor pessoal ao novo chefe da PGR. "Trabalhe com aquilo que o povo brasileiro espera do Ministério Público. As acusações levianas não fortalecem a democracia, não fortalecem as instituições. Muitas vezes se destrói uma pessoa antes de dar a ela a chance de se defender, e, quando as pessoas são provadas inocentes, essas pessoas não são reconhecidas publicamente", afirmou Lula.• Clique aqui e receba as notícias do R7 no seu WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo WhatsApp • Compartilhe esta notícia pelo Telegram • Assine a newsletter R7 em Ponto "Houve momento em que aqui neste país as denúncias e manchetes de jornais falaram mais alto que o auto dos processos, muitas vezes. E, quando isso acontece, se negando à política o que vem depois, é sempre pior que a política. Não existe possibilidade de o Ministério Público achar que todo político é corrupto. Ou seja, é um conceito que se criou na sociedade brasileira, e qualquer denúncia contra qualquer político já parte do pressuposto que é verdadeira, e nem sempre é", completou. O petista solicitou ao Ministério Público que garanta a liberdade, a democracia e a verdade, além de não permitir que uma denúncia seja publicizada antes, de forma a evitar que as pessoas sejam condenadas previamente. "E muita gente não tem condições sequer de ser absolvida", disse o presidente. Lula falou também que o órgão, agora chefiado por Paulo Gonet, "precisa jogar o jogo de verdade". Durante a cerimônia, Lula argumentou que nunca vai pedir a Gonet um favor pessoal. "Nunca exercerei sob o Ministério Público qualquer pressão pessoal para que alguma coisa não seja investigada. A única coisa que eu peço: não faça o Ministério Público se diminuir diante da expectativa de 200 milhões de brasileiros que acreditam nessa instituição. Seja o mais sincero possível, seja o mais honesto possível, seja o mais duro possível, mas ao mesmo tempo seja o mais justo possível com a sociedade brasileira."