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Na posse de Magda Chambriard, Lula defende papel social da Petrobras para o país

Presidente discursou durante a posse da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, no Rio de Janeiro

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

Lula defende papel social da Petrobras para o país na posse de Magda Chambriard
Lula defende papel social da Petrobras Ricardo Stuckert / PR - 19/06/2024

Durante a cerimônia de posse da nova presidente da Petrobras, Magda Chambriard, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta quarta-feira (19) que a Petrobras desempenha um papel social na economia do país. O evento oficial ocorreu no Centro de Pesquisas, Desenvolvimento e Inovação Leopoldo Américo Miguez de Mello, no Rio de Janeiro (RJ).

“O Brasil não precisa importar gasolina, e a ideia de que o preço da gasolina deve ser internacional precisa ser discutida, mas com base na verdade. Ninguém deseja que os acionistas tenham prejuízo ou que a Petrobras opere com déficit. Quero uma empresa lucrativa, pois quanto mais lucro, mais investimentos e impostos serão gerados, beneficiando o tesouro e permitindo que o Haddad ajude prefeitos e estados”, declarou Lula.

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Lula ainda lamentou que outras estatais não estejam nas mesmas condições que a Petrobras. Ele mencionou a privatização da Vale durante a gestão de Fernando Henrique Cardoso e a da Eletrobras durante o governo Bolsonaro. “Uma empresa boa e grande precisa de uma gestão responsável para que tudo funcione corretamente”, afirmou Lula.

Em seu discurso a nova presidente defendeu que sob sua gestão, a empresa vai atuar em busca da transição energética e dos interesses do povo brasileiro. “A missão que me foi dada pelo presidente Lula foi de movimentar a Petrobras porque ela impulsiona o PIB do país. Nossa gestão está totalmente alinhada com a visão de país do presidente Lula e do governo federal”, disse.

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Magda assumiu o cargo em substituição a Jean Paul Prates, demitido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que também esteve presente na cerimônia. Antes da posse, o presidente Lula se reuniu com o prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, e assinou um acordo que inclui dois financiamentos para o município, totalizando mais de R$ 1 bilhão.

Também participaram da cerimônia os seguintes representantes do governo federal:

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  • Fernando Haddad, ministro da Fazenda;
  • Alexandre Silveira, ministro de Minas e Energia;
  • Rui Costa, ministro da Casa Civil;
  • Marcio Macedo, ministro-chefe da Secretaria-Geral da Presidência da República;
  • Luciana Santos, ministra de Ciência, Tecnologia e Inovações;
  • Margareth Menezes, ministra da Cultura.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, falou sobre a distribuição de dividendos. “A Petrobras é vista como uma geradora de dividendos e royalties. O discurso da Magda foi tão abrangente que ele representa aquilo que nos esperamos de uma empresa, uma visão estratégica, que sabe que deve prestar contas aos seus acionistas, mas que tem um papel no desenvolvimento nacional”, falou Haddad.

Durante a cerimônia, o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, declarou que já está investindo em combustíveis verdes e fontes de energia eólica. “Iremos intensificar esses esforços quando o Projeto de Lei do Combustível do Futuro for assinado pelo presidente Lula.”

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Ele ressaltou a responsabilidade de não colocar a população em risco de desabastecimento ou abandonar os profissionais dedicados à Petrobras.

Exploração de petróleo

Magda defende, por exemplo, o avanço das atividades exploratórias na costa brasileira, incluindo a Margem Equatorial. De acordo com a nova presidente da Petrobras, a exploração é essencial para garantir a segurança energética do país e o abastecimento interno de combustíveis.

“O MMA precisa ser mais esclarecido sobre a necessidade do país e da Petrobras de explorar petróleo e gás até para liderar a transição energética. Tem muito investimento sendo feito na direção do net zero: projetos grandiosos de captura de CO2, produção de energia renovável e derivados e petróleo verdes, esforços na direção do hidrogênio. Vamos investir nessa diversidade de geração de energia”, afirmou.

A Margem Equatorial se estende pelo litoral brasileiro do Rio Grande do Norte ao Amapá, englobando as bacias hidrográficas da foz do Rio Amazonas, Pará-Maranhão, Barreirinhas, Ceará e Potiguar. É uma região geográfica considerada de grande potencial pelo setor de óleo e gás. No Plano Estratégico 2024-2028, a Petrobras previu investimentos de US$ 3,1 bilhões para pesquisas na Margem Equatorial. A expectativa é perfurar 16 poços ao longo desses quatro anos.

A exploração de petróleo na foz do Amazonas, no entanto, desperta preocupações de grupos ambientalistas, que veem risco de impactos à biodiversidade. Em maio de 2023, o Ibama (Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis), autarquia vinculada ao MMA, negou o pedido da Petrobras para realizar atividade de perfuração marítima do bloco FZA-M-59.

No entanto, a nova presidente da estatal tem o apoio de Lula. “Esse país tem governo, e o governo reúne e decide. As pessoas podem ter posições técnicas, vamos debater tecnicamente. O que não dá é para gente dizer, a priori, que vai abrir mão de explorar uma riqueza que, se forem verdade as previsões, é uma riqueza é muito grande do Brasil. É contraditório? É, porque estamos apostando muito na transição energética. Mas enquanto a transição energética não resolve nosso problema, o Brasil tem que ganhar dinheiro com petróleo”, afirmou o presidente na terça-feira (17).

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