Não é possível afirmar que ataques a torres de energia tiveram motivação política, diz ministro
Ataques a redes de transmissão não prejudicaram abastecimento de energia no país, segundo Ministério de Minas e Energia
Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília
O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse, nesta terça-feira (17), que não é possível afirmar que os ataques a torres de transmissão de energia elétrica que aconteceram nas últimas semanas tiveram motivação política.
"O que podemos dizer é que, pelo fato de vários eventos convergirem, nós entendemos que, por bem, é melhor nos adiantarmos a possíveis problemas mais graves, usando todos os instrumentos, e estarmos em posição de vigilância", comentou. Torres de energia foram derrubadas e danificadas em Rondônia, Paraná e São Paulo nas últimas semanas.
Antes dos ataques de vândalos às sedes dos Três Poderes, em 8 de janeiro, uma torre de energia foi atacada no Maranhão, em dezembro. Silveira afirmou que a Polícia Federal já instaurou inquéritos para apurar os danos aos patrimônios e que as instituições darão "resposta vigorosa" aos "ataques à soberania nacional".
"Estamos com vários inquéritos em andamento, vamos falar sobre isso em momento oportuno, mas o que posso dizer é que todas as medidas necessárias estão envolvidas para que a gente possa virar a página desses ataques e discutir assuntos importantes para o país."
O ministro garantiu que, apesar dos ataques, as redes de transmissão não foram prejudicadas e não houve interrupção do fornecimento de energia. Por enquanto, destacou ele, os custos dos reparos estão sendo bancados pelas empresas.
Silveira se reuniu com o ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino, e o diretor-geral da Polícia Federal (PF), Andrei Augusto Passos Rodrigues, para discutir as ações contra os ataques.
Para apurar e monitorar os casos, Silveira criou um grupo de trabalho conjunto com a Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel), a Agência Nacional de Mineração (ANM) e a Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).