‘Não se ganha eleição sabotando o país’, diz Haddad após derrota da MP da arrecadação
Ministro da Fazenda reage à articulação de opositores contra medida provisória que ampliaria receitas
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, criticou nesta sexta-feira (10) a atuação de setores da oposição após a derrota da MP (Medida Provisória) da arrecadação no Congresso. Sem citar nomes, Haddad afirmou que “não se ganha eleição sabotando o país” e disse que o governo seguirá trabalhando para melhorar as contas públicas.
“Aqueles que porventura imaginam que tentando sabotar o Brasil vão deter o fluxo de acontecimentos, estão equivocados. Não se ganha eleição sabotando o país, não se ganha eleição impedindo o governo de fazer o bem. Vamos seguir a nossa vida, o nosso curso, e vamos entregar um Brasil muito melhor”, afirmou o ministro.
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A fala foi interpretada como uma resposta indireta ao governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), que na véspera havia rebatido críticas sobre sua suposta participação na articulação que levou à rejeição da MP proposta elaborada pelo Ministério da Fazenda como alternativa ao aumento do IOF (Imposto sobre Operações Financeiras).
Em vídeo publicado nas redes sociais, Tarcísio acusou Haddad de “inventar culpados” e chamou as críticas de “ofensas e mentiras”.
“Agora o PT quer me acusar de ter trabalhado para evitar que o governo cobre mais impostos da população. Estou trabalhando por São Paulo, para mudar a vida das pessoas. [...] Vamos parar de inventar culpado. Tenha vergonha, Haddad. Respeite os brasileiros”, disse o governador.
Segundo apuração do R7, Tarcísio e o presidente do PP, senador Ciro Nogueira (PI), procuraram parlamentares para pedir que votassem contra a proposta. Nos bastidores, interlocutores do governo avaliam que essa movimentação teve caráter eleitoral, como uma tentativa de antecipar a disputa de 2026.
A MP da arrecadação era considerada estratégica pelo Ministério da Fazenda para compensar perdas de receita e manter a meta fiscal. A derrota foi vista internamente como um revés político para o governo, mas Haddad minimizou o impacto e reforçou que continuará buscando alternativas de recomposição orçamentária.
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