Dados da SES-DF (Secretaria de Saúde do Distrito Federal) mostram que 50,95% dos diagnósticos de LER (Lesões por Esforços Repetitivos) dos últimos nove anos foram notificados no ano passado. Segundo o Informe Epidemiológico em Saúde do Trabalhador, a rede pública registrou 691 casos em 2023 dos 1.356 comunicados a partir de 2014. O documento informa que a maioria dos casos ocorreu em trabalhadores do sexo masculino entre 30 e 39 anos e trabalhadoras ente 40 e 49 anos (veja mais detalhes abaixo). Segundo a pasta, os principais sintomas deste tipo de lesão são dores crônicas, fadiga muscular e formigamento. As áreas mais afetadas são o pescoço, coluna vertebral e escápulas. "As LERs são preveníveis e merecem atenção pelo risco de gerar incapacidade permanente", diz o informe.As principais ocupações nas notificações em 2023 foram: 1- Trabalhadores de estruturas de alvenaria; 2- Trabalhadores dos serviços domésticos em geral; 3- Operadores do comércio em lojas e mercados; 4- Ajudantes de obras civis; 5- Cozinheiros; 6- Magarefes (abate de bovinos, bubalinos, suínos, ovinos, caprinos e aves); 7- Trabalhadores nos serviços de coleta de resíduos, de limpeza e conservação de áreas públicas; 8- Caixas e bilheteiros (exceto caixa de banco); 9- Trabalhadores no atendimento em estabelecimentos de serviços de alimentação, bebidas e hotelaria; 10- Trabalhadores de apoio à agricultura. O diagnóstico é feito a partir da análise do histórico do paciente, além da área de ocupação. A pasta alerta que alguns fatores podem aumentar o risco de aparecimento de lesões.São elas: - Exposição a elementos químicos; - Alto ritmo de trabalho; - alta demanda de serviço; - Iluminação, acústica e temperatura; - Posição de trabalho (trabalhador que passa muitas horas sentado, por exemplo); - Movimentos repetitivos.