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O que é a Lei da Reciprocidade, que Lula ameaça usar após Trump anunciar tarifas ao Brasil

Norma aprovada este ano permite suspender concessões e impor barreiras a países que adotem medidas comerciais prejudiciais

Brasília|Do R7, em Brasília

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Lei da Reciprocidade, prometida por Lula, foi criada este ano Ricardo Stuckert / PR - 10.07.2025

A crise entre Brasil e Estados Unidos, agravada pelo anúncio da nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros, acendeu o alerta em Brasília — e reacendeu os debates sobre a Lei da Reciprocidade Econômica, aprovada neste ano e sancionada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

Publicada no Diário Oficial da União em 14 de abril, a Lei nº 15.122 autoriza o governo brasileiro a reagir, com base legal, a decisões unilaterais de países ou blocos econômicos que afetem a competitividade do Brasil no mercado internacional.


RESUMO DA NOTÍCIA

  • A crise entre Brasil e EUA se intensificou com a nova tarifa de 50% sobre produtos brasileiros.
  • A Lei da Reciprocidade autoriza o governo a tomar medidas em resposta a decisões unilaterais de outros países.
  • As contramedidas podem incluir restrições de importações e suspensão de concessões comerciais.
  • O governo busca soluções diplomáticas antes de adotar medidas mais incisivas para proteger a economia nacional.

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As contramedidas previstas incluem restrições a importações, suspensão de concessões comerciais, de investimentos e até de obrigações relativas à propriedade intelectual.

Com a taxação anunciada por Trump — que atingirá todos os produtos exportados ao mercado americano, com impacto mais severo sobre o aço e o alumínio —, a norma passa a ser vista como uma ferramenta concreta para calibrar a resposta brasileira.


A legislação determina que qualquer reação deverá ser proporcional ao prejuízo causado e construída com participação do setor privado.

Também prevê a busca por soluções diplomáticas antes da adoção de medidas mais incisivas, numa tentativa de evitar desgastes adicionais à economia nacional.


Aprovação unânime

O texto foi aprovado de forma unânime no Congresso Nacional e contou com apoio direto do vice-presidente Geraldo Alckmin (Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços), do ministro da Fazenda Fernando Haddad e da secretária-geral do Itamaraty, Maria Laura da Rocha.

Nos bastidores do governo, a avaliação é que a nova tarifa norte-americana não se sustenta em critérios técnicos e representa um movimento político articulado com aliados de Jair Bolsonaro. Diante disso, o uso da Lei da Reciprocidade passou a ser analisado como uma opção concreta — embora não automática.


A ideia, segundo interlocutores do Planalto, é evitar reações precipitadas e proteger setores estratégicos da economia. A legislação recém-sancionada permite justamente esse equilíbrio: resposta firme, porém calibrada.

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