Obra de Athos Bulcão é restaurada e volta a salão da Câmara
Escultura foi amassada e molhada durante a invasão por vândalos dos prédios da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro
Brasília|Do R7, em Brasília
A obra Muro Escultórico, de Athos Bulcão, que havia sido vandalizada nos atos extremistas de 8 de janeiro, foi restaurada e recolocada no Salão Verde da Câmara dos Deputados nesta segunda-feira (30). O painel em madeira, que fica ao lado da entrada do plenário, foi projetado especialmente para o mobiliário arquitetônico do Legislativo, a pedido de Oscar Niemeyer, na década de 1970.
Durante a invasão da Casa por vândalos, a peça foi amassada e sofreu danos na parte de baixo, em razão do alagamento do salão.
Escultura "Muro Escultórico" foi amassada e molhada durante a invasão por vândalos dos prédios da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro
Escultura "Muro Escultórico" foi amassada e molhada durante a invasão por vândalos dos prédios da Praça dos Três Poderes, em 8 de janeiro
O presidente da Fundação Athos Bulcão, Paulo Brum, acompanhou a recolocação das peças que compõem o muro e lembrou que o trabalho do artista faz parte da identidade cultural de Brasília e seus monumentos.
Além desse painel, duas obras de Athos Bulcão que estavam no Congresso foram danificadas nos ataques antidemocráticos: Painel Vermelho (1978), localizado no Salão Nobre do Congresso Nacional; feito em madeira laqueada com tinta vermelha; e o Painel de Azulejos (1971) em branco e azul, que se estende por todo o hall do Salão Verde da Câmara dos Deputados.
Os participantes de atos de vandalismo que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro promoveram quebradeira no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
Os participantes de atos de vandalismo que invadiram as sedes dos Três Poderes, em Brasília, no dia 8 de janeiro promoveram quebradeira no Palácio do Planalto, no Congresso Nacional e no plenário do Supremo Tribunal Federal (STF)
Reforma da Câmara dos Deputados
Segundo estimativa da Câmara, o dano ao patrimônio público no prédio chegou a R$ 3,039 milhões. O valor inclui o reparo de 400 computadores, 40 impressoras, aparelhos de rede de dados, vidraças, televisões, telefones, cadeiras, tapeçaria, caminhonetes e mão de obra.