Operação conjunta mira um dos maiores narcotraficantes do DF
Homem foi preso dentro de casa. 'Parecia uma fortaleza', avalia polícia. Suspeito também abastecia outros traficantes
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
Após três anos de investigações, uma ação conjunta da Polícia Civil e do Ministério Público terminou com a prisão de um dos principais narcotraficantes do Distrito Federal. O suspeito atuava, sobretudo, na área norte da cidade, nas regiões de Sobradinho, Planaltina e Paranoá.
Em 2018, uma denúncia anônima registrada pela PCDF alertou os agentes de que o homem, apontado como líder da uma organização criminosa que atuava com tráfico de drogas, carregava armas e explosivos.
"Ele difundia pânico e muitas drogas ilícitas: vendia maconha, skank, cocaína, e ostentava em redes sociais armas de fogo, efetuava disparos para assustar seus concorrentes. Um indivíduo extremamente perigoso", afirmou o delegado Rogério Rezende, da Coordenação de Repressão às Drogas (Cord).
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O preso ainda estaria envolvido em disputas pelo comércio dos entorpecentes estimados em milhões de reais. A operação foi batizada de Profugo, que significa fugitivo em italiano, porque, diante do risco de ser detido, ele fugiu do DF e se escondeu no Entorno, entre Planaltina de Goiás e Formosa.
No entanto, no ano passado, os agentes receberam informações de que ele teria retornado ao DF e estaria vivendo na comunidade do Vale do Amanhecer, em Planaltina. Com isso, as buscas foram retomadas. Os policiais fizeram uma varredura na área e flagraram o suspeito em dois imóveis no local.
Segundo os investigadores, ele estava envolvido com tráfico no Brasil e ainda mantinha relações com parceiros no Paraguai. O acusado também firmou acordos com assaltantes de caixas eletrônicos e, por isso, detinha os explosivos.
Diante de todos esses dados, a polícia deflagrou a operação na última sexta-feira (10) para prender o traficante. "Conseguimos prendê-lo na residência, que mais parecia um castelo. Uma região extremamente cercada, com muros altos, grades, altíssimos, como a gente nunca chegou a ver desse tipo aqui no Distrito Federal. Ele morava em uma verdadeira fortaleza para evitar a entrada da polícia", frisou o delegado. Dois rottweilers também faziam a guarda a casa.
No imóvel, ainda foram encontradas 37 kg de skank, 10 kg de maconha e porções de cocaína, munição e carregadores.