Operação contra influenciadores apreende carros de luxo e bloqueia R$ 12 milhões
Polícia Civil cumpre mandados de busca e apreensão no DF e MG; grupo é investigado por sorteio ilegal de veículos na internet
Brasília|Jéssica Moura, do R7, e Ricardo Faria, da Record TV
A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou, na manhã desta quinta-feira (10), a 2ª fase da Operação Huracán para cumprir dois mandados de busca e apreensão em Vicente Pires (DF) e em Belo Horizonte (MG) contra influenciadores digitais investigados por promover sorteios ilegais.
Durante a ação, a justiça autorizou o bloqueio de R$ 12 milhões das contas dos investigados. Além disso, dois carros de luxo foram apreendidos: uma Lamborghini e um Gallardo, avaliados em R$ 5 milhões. Este último seria sorteado pelas redes sociais neste sábado (12), segundo a investigação da polícia.
Segundo a polícia, o youtuber Kleber Rodrigues de Moraes, o Klebim, preso na 1ª fase da operação, em março, circulou pelo DF com o veículo. A corporação calcula que, desde o início da apuração, que mira a exploração de jogo de azar e lavagem de dinheiro, R$ 22 milhões foram bloqueados das contas dos envolvidos.
A investigação apontou que os influenciadores compartilhavam fotos dos automóveis que seriam rifados pelas redes sociais. Ainda de acordo com a polícia, os valores arrecadados com as rifas eram transferidos para contas de empresas de fachada e, posteriormente, utilizados para a compra de novos veículos, registrados em nomes de terceiros.
Os crimes teriam começado em 2021, gerando lucros de cerca de R$ 20 milhões em dois anos. As rifas eram vendidas a valores que variavam de R$ 5 a R$ 50, de acordo com informações da polícia. Os bilhetes, vinculados de forma ilícita à Caixa Econômica Federal, não eram autorizados pelo Ministério da Economia. Pelo menos 12 carros teriam sido sorteados pelo grupo.
Em setembro, o Ministério Público denunciou nove envolvidos no esquema criminoso de venda de rifas fraudulentas, entre influenciadores, músicos, contadores, advogados e laranjas. A promotoria aponta que Klebim, que tem quatro milhões de seguidores nas redes sociais, seria o líder do grupo. A apuração revelou que o youtuber levava uma vida de luxo custeada com o dinheiro que teria sido obtido de maneira ilícita.