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Sóstenes e Jordy são alvo de operação da PF por supostos desvios de cotas parlamentares

Policiais fazem buscas em endereços no DF e no Rio de Janeiro

Brasília|Rafaela Soares, do R7, e Natália Martins, da RECORD, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Polícia Federal realizou buscas em endereços de parlamentares, incluindo Sostenes Cavalcanti e Carlos Jordy, por supostos desvios de cotas parlamentares.
  • Sete mandados de busca foram autorizados pelo Supremo Tribunal Federal, nos estados do Distrito Federal e Rio de Janeiro.
  • As investigações apontam que agentes políticos e servidores teriam agido de forma coordenada para desvio e ocultação de verba pública.
  • Jordy descreveu a ação da PF como "perseguição implacável" em suas redes sociais.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Celulares dos deputados Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy foram apreendidos Pablo Valadares/Câmara dos Deputados

A Polícia Federal realizou buscas em endereços vinculados a parlamentares — entre eles o ex-líder do PL (Partido Nacional), Sóstenes Cavalcanti (PL-RJ), e Carlos Jordy (PL-RJ) — e assessores, no âmbito de uma investigação que apura supostos desvios de recursos das cotas parlamentares.

A RECORD apurou que os celulares dos dois parlamentares foram apreendidos. Além disso, a corporação encontrou cerca de meio milhão de reais na casa de Cavalcanti (veja mais abaixo).


Ao todo, o ministro Flávio Dino, do STF (Supremo Tribunal Federal), autorizou sete mandados de busca em endereços localizados no Distrito Federal e no Rio de Janeiro.

Veja mais

As buscas foram realizadas nas residências dos deputados, e até o momento, não há movimentação na Câmara dos Deputados.


“De acordo com as investigações, agentes políticos, servidores comissionados e particulares teriam atuado de forma coordenada para desviar e ocultar verba pública”, informou a PF.

🔎 Cota parlamentar é um valor mensal em dinheiro que deputados, senadores e vereadores recebem do orçamento público para custear despesas diretamente ligadas ao exercício de seus mandatos, como passagens aéreas, telefonia, aluguel e manutenção de escritórios de apoio, alimentação, divulgação do mandato e segurança, substituindo antigas verbas indenizatórias.


Os parlamentares são suspeitos de lavar dinheiro em contratos falsos com empresas de fachada, como uma locadora de veículos.

A ação é um desdobramento de operação deflagrada em dezembro de 2024 e apura os crimes de peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa.


Dinheiro

A PF encontrou diversos malotes de dinheiro em sacos de lixo na casa de Sóstenes Cavalcante. Até o momento, a corporação calcula que foram encontrados meio milhão de reais.

O que dizem os deputados

Por meio das redes sociais, Jordy classificou a ação da PF como “perseguição implacável.”

O deputado Sóstenes Cavalcante, em coletiva de imprensa realizada no início da tarde desta sexta-feira (19), negou as acusações sobre supostos desvios de recursos públicos, criticou a operação da PF e afirmou que o dinheiro encontrado em sua casa é lícito e proveniente da venda de um imóvel.

“Dinheiro de corrupção não aparece lacrado. Quem quer viver de dinheiro de corrupção bota em outro lugar. Vendi um imóvel, o imóvel me foi pago com dinheiro lícito, lacrado”, garantiu.

“Não tem nada de contrato ilícito, nada de lavagem de dinheiro[...]. Essa investigação é mais uma investigação para perseguir quem é da oposição, quem é conservador, quem é de direita”, acrescentou.

Operação ‘Rent a Car’

A operação desta quinta-feira (19) é um desdobramento da operação “Rent a Car”, deflagrada em dezembro de 2024. Na ocasião, a Polícia Federal cumpriu mandados de busca e apreensão em endereços ligados a assessores de dois parlamentares.

A ação investigava a suspeita de um esquema relacionado a contratos de aluguel de veículos, irregularidade que foi negada pelos parlamentares.

Na época, a PF informou que os crimes apurados eram peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As buscas ocorreram nos estados do Rio de Janeiro, Tocantins e no Distrito Federal, totalizando seis mandados.

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