A Polícia Civil do Distrito Federal deflagrou a Operação Bad Boys, na manhã desta quinta-feira (4), para combater pornografia infantil. Os seis alvos dos mandados de busca e apreesão são de classe média alta, moradores de Águas Claras e Vicente Pires, e têm entre 19 e 22 anos.
De acordo com as investigações, eles mantinham um grupo no WhatsApp com 17 pessoas no qual compartilhavam imagens de pornorafia e de crianças em cenas de sexo. Um dos criminosos publicou, pelo menos, 28 fotos, segundo a polícia. Durante a ação, os agentes recolheram medicamentos controlados sem receita, porções de maconha, celulares e tablets.
Em uma análise preliminar, os policiais não encontraram material de pornografia infantil nos aparelhos, mas os equipamentos vão passar por perícia mais aprofundada. Três dos suspeitos foram detidos por posse de drogas, mas foram liberados depois de assinarem um termo de compromisso de comparecimento à Justiça quando forem intimados.
O crime foi descoberto após uma outra investigação iniciada em maio deste ano, quando um dos jovens investigados colidiu um veículo de luxo contra o portão de uma serralheria, em Vicente Pires. O homem estava acompanhado de outros dois passageiros e fugiu do local da batida para evitar a prisão em flagrante por dirigir embriagado.
Para apurar o acidente, a PCDF cumpriu outros mandados de busca e apreensão nas casas dos três envolvidos. O condutor chegou a ser preso por posse ilegal de arma de fogo. Ao avaliar o material contido nos celulares apreendidos com o trio, os policiais constaram que os três, além de terem bebido e tomado ansiolíticos, praticavam um racha na EPTG antes do acidente.
A análise dos arquivos apontou ainda que eles faziam parte do grupo de WhatsApp onde eram compartilhados arquivos de pornografia infantil. Com isso, um novo inquérito policial foi autorizado pelo Ministério Público do DF.
Dois dos suspeitos também foram investigados no âmbito da Operação Bad Boyfriend, em setembro, por divulgarem vídeos íntimos da ex-namorada de um deles sem autorização. Se forem condenados ao fim do processo, podem pegar uma pena de até seis anos de prisão. O caso é investigado pela 38ª Delegacia de Polícia (Vicente Pires) que tenta identificar outros integrantes do grupo.
