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Oposição consegue 41 assinaturas e impeachment de Moraes ganha força no Senado

Para que o impeachment seja aprovado, são necessários 54 votos favoráveis; Alcolumbre, no entanto, não deu sinalizações que vai pautar o pedido

Brasília|Victoria Lacerda, do R7, em Brasília

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RESUMO DA NOTÍCIA

  • A oposição no Senado consegue 41 assinaturas para protocolar impeachment do ministro Alexandre de Moraes.
  • Movimento é impulsionado pela prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro, determinada por Moraes.
  • O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirma que não pautará pedidos de impeachment contra ministros do STF.
  • Para o impeachment ser aprovado, são necessários 54 votos favoráveis no Senado.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Oposição alcança 41 assinaturas e viabiliza pedido de impeachment de Moraes
Oposição alcança 41 assinaturas e viabiliza pedido de impeachment de Moraes Wilton Junior/Estadão Conteúdo - 01.08.2025

A oposição no Senado alcançou, nesta quinta-feira (7), 41 assinaturas para protocolar um pedido de impeachment contra o ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal). O número representa maioria simples dos senadores. O movimento ganhou força após Moraes decretar, no início da semana, a prisão domiciliar do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Os 41 votos favoráveis são necessários para que o processo de impeachment comece a tramitar na Casa, após ele ser pautado. Para ser aprovado, no entanto, são precisos 54 votos a favor.

O 41º apoio foi confirmado com a assinatura do senador Laércio Oliveira (PP-SE), consolidando o esforço articulado por parlamentares da base bolsonarista. Com isso, os oposicionistas anunciaram o fim da obstrução dos trabalhos no Senado e desocuparam a Mesa Diretora, prometendo agora concentrar a pressão sobre o presidente da Casa, Davi Alcolumbre (União-AP), a quem cabe decidir se o pedido será aceito e tramitado. O senador, no entanto, não deu sinalizações que vai pautar pedidos do tipo.


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“Estamos desobstruindo e a oposição vai participar dos debates das pautas que interessam ao Brasil, para além das questões ideológicas”, afirmou o senador Rogério Marinho (PL-RN), líder da oposição.

Durante coletiva, o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ) chamou o momento de “histórico” e reforçou críticas ao ministro do STF. “Alexandre de Moraes precisa voltar a ter limites. Estive com meu pai ontem e é muito duro ver uma pessoa honesta passando por tudo isso. Mas ele está firme e isso nos fortalece.”


Pauta depende de Alcolumbre

Apesar da articulação da oposição e da coleta das 41 assinaturas, a tramitação só acontece se for autorizada pelo presidente do Senado. E, Davi Alcolumbre já declarou que não pretende pautar os pedidos de impeachment contra ministros do STF.

A fala foi feita na quarta-feira (6) após reunião com lideranças partidárias. De acordo com os senadores Cid Gomes (PSB-CE) e Randolfe Rodrigues (PT-AP), Alcolumbre garantiu que não cederá a pressões e reafirmou que essa é uma atribuição exclusiva da presidência do Senado.


“Não aceitarei pressões externas. A decisão sobre avançar com processos contra ministros da Corte cabe exclusivamente à presidência da Casa”, afirmou o senador.

Como está o placar

  • 41 senadores já assinaram o pedido de impeachment.
  • 19 senadores declararam voto contra.
  • 21 senadores permanecem indefinidos.

Para que o processo de impeachment de Moraes avance de fato e resulte em destituição, são necessários os votos favoráveis de 54 senadores, o equivalente a dois terços do plenário. Até hoje nunca foi aprovado um pedido de impeachment contra ministro do STF.


Sanções dos EUA e prisão de Bolsonaro impulsionam ofensiva

A mobilização pelo impeachment se intensificou após Moraes se tornar alvo de sanções do governo dos Estados Unidos, por meio da Lei Magnitsky, que bloqueia transações com instituições financeiras norte-americanas. O episódio reacendeu críticas à atuação do ministro nos inquéritos que envolvem Jair Bolsonaro — especialmente o que investiga uma tentativa de golpe e os atos de 8 de janeiro.

A decisão de decretar a prisão domiciliar do ex-presidente, anunciada na última segunda-feira (4), sob acusação de violar medidas cautelares, serviu como estopim para que a oposição unificasse esforços e desse andamento ao pedido de impeachment. A medida foi rapidamente incorporada ao discurso de “perseguição política” usado pelos aliados de Bolsonaro.

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