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R7 Brasília

Oposição fala em ir à Justiça contra relatoria da CPMI do 8 de Janeiro

Para Marcos do Val (Podemos-ES), a escolha de Eliziane Gama (PSD-MA) como relatora ameaça a imparcialidade do relatório

Brasília|Hellen Leite, do R7, em Brasília

Senador Marcos do Val (Podemos-ES)
Senador Marcos do Val (Podemos-ES)

Mesmo com o acordo entre a maioria dos membros, a oposição diz que vai questionar na Justiça a escolha da senadora Eliziane Gama (PSD-MA) para a relatoria da CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) do 8 de Janeiro, instalada nesta quinta-feira (25). Segundo o senador Marcos do Val (Podemos-ES), o resultado do relatório seria prejudicado porque Eliziane seria uma aliada do ministro da Justiça, Flávio Dino.

"Vou pedir o afastamento ou a troca da relatora pela questão da parcialidade. Quando o ministro Flávio Dino esteve no Senado, quem sentou ao lado dele foi a Eliziane Gama", afirmou Marcos do Val. Desde o início do movimento pela criação da CPMI, o senador pleiteia a vaga de relator dos atos extremistas nas sedes dos Três Poderes. 

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Eliziane afirmou que não vai ser intimidada. "Ser aliada de Flávio Dino ou adversária de quem quer que seja não inviabiliza minha atuação aqui", afirmou.

A oposição tenta enquadrar Dino e o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) como responsáveis pela invasão e sustenta ter provas que mostram que a gestão federal foi omissa e não tentou impedir a entrada dos vândalos.


Já o governo quer mirar no ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e aliados como responsáveis por incitar apoiadores a questionar o resultado das urnas e, num ato extremo, depredar os prédios.

Leia mais: Congresso, Planalto e STF: manifestantes invadem sedes dos Três Poderes em Brasília


Ao assumir a relatoria da CPMI, Eliziane destacou a importância da representação feminina na comissão e revelou que o plano de trabalho da comissão vai representar a maioria do colegiado. Os aliados do governo estão em maioria. 

A relatora definiu o episódio a ser apurado como um dos “atos mais terríveis contra a democracia” e ressaltou a responsabilidade da CPMI de contribuir com as investigações. “Nem nos momentos mais terríveis, como da ditadura, nós acompanhamos o que presenciamos em 8 de janeiro”, completou.

A programação é que haja uma reunião semanal do colegiado, sempre às quintas-feiras, às 9h, com previsão de encerramento em até seis meses.

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