Oposição só vai para reunião de líderes partidários com Motta e Alcolumbre juntos, diz líder do PL
Grupo ocupa mesas da Câmara e do Senado desde o início da tarde desta terça-feira (5) em protesto contra prisão de Bolsonaro

O líder do PL na Câmara dos Deputados, Sóstenes Cavalcante (RJ), afirmou, nesta terça-feira (5), que a oposição no Congresso Nacional não vai participar de reuniões de líderes partidários de forma isolada, na Câmara e no Senado separadamente.
Segundo Cavalcante, o grupo só vai participar do encontro se for com os presidentes das duas Casas juntos — deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) e senador Davi Alcolumbre (União-AP).
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“Só sentaremos para negociar com os dois presidentes das Casas juntos”, afirmou Cavalcante. Desde o início da tarde desta terça, a oposição ocupa as mesas da Câmara e do Senado, obstruindo a pauta.
Há pouco, Motta e Alcolumbre cancelaram as sessões e convocaram reuniões de líderes partidários para discutir o assunto.
“A oposição não vai participar [das reuniões] de forma isolada. Apenas com os dois presidentes das Casas juntos”, prosseguiu o líder.
Desde esta tarde, oposicionistas aliados do ex-presidente Jair Bolsonaro estão obstruindo a pauta do Congresso, usando esparadrapo na boca e ocupando a mesa diretora da Câmara em protesto contra a prisão domiciliar do ex-presidente.
A ideia é pressionar os presidentes da Câmara e do Senado a pautar a anistia aos presos do 8 de janeiro, incluindo Bolsonaro, e o impeachment de Moraes.
Cavalcante afirmou que a única condição para retomar os trabalhos é que o diálogo com o grupo seja retomado sobre a anistia.
Ele também explicou que Motta ligou para ele nesta tarde, mas que não o convenceu a finalizar a obstrução.
Entenda
Ao determinar a detenção domiciliar de Bolsonaro, Moraes afirmou que o ex-presidente repetiu as violações das determinações judiciais impostas pelo STF.
A decisão aponta conduta “deliberada e consciente” do ex-presidente para obstruir investigações, coagir autoridades e desrespeitar a Justiça.
Entre as novas restrições estão o veto total a visitas — exceto advogados constituídos e familiares próximos —, proibição de celulares, gravações e qualquer forma de comunicação com embaixadores ou demais investigados.
Moraes reiterou que qualquer nova violação resultará no decreto imediato da prisão preventiva, conforme prevê o Código de Processo Penal.
O processo em curso, PET 14129, investiga crimes como coação no andamento de processos, obstrução de investigações sobre organização criminosa e tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito.
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