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Pacheco e Valdemar trocam ofensas motivadas por investigação sobre deputados do PL

Após ser chamado de 'frouxo', presidente do Senado afirmou que líder do PL 'não é capaz de organizar a oposição'

Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília


Valdemar e Pacheco trocam farpas após operação
Valdemar e Pacheco trocam farpas após operação Beto Barata e Jefferson Rudy/ Arquivo

O líder do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto, e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), trocaram ofensas nesta quinta-feira (25) após a operação da Polícia Federal para investigar o suposto uso ilegal de uma ferramenta de espionagem em sistemas da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) mirar o ex-diretor-geral da agência e atual deputado federal Alexandre Ramagem (PL-RJ).

Valdemar cobrou reação de Pacheco e, em entrevista, chegou a chamá-lo de "frouxo". O presidente do Senado, por sua vez, rebateu: "Não é capaz de organizar minimamente a oposição".

Sem citar nomes, Pacheco diz ser "difícil manter algum tipo de diálogo com quem faz da política um exercício único para ampliar e obter ganhos com o fundo eleitoral". Alegou, ainda, que o presidente do PL "defende publicamente impeachment de ministro do Supremo para iludir seus adeptos, mas, nos bastidores, passa pano quando trata do tema". 

Mais cedo, Valdemar alegou que as buscas e apreensões em gabinete são "uma falta de autoridade do Congresso Nacional" e completou afirmando que Pacheco "deveria reagir e tomar providências". Em entrevistas, ele também chegou a chamar o senador de "frouxo" e "omisso". 


Após levar a invertida de Pacheco, o presidente do PL voltou a usar as redes sociais para alfinetar o presidente do Senado. "Se o Senado tivesse um presidente comprometido, não iria perder tempo para reclamar de presidente de partido".

Operação

Ramagem é um dos alvos de uma operação da PF que investiga o suposto uso ilegal de uma ferramenta de espionagem em sistemas da agência. O gabinete do parlamentar é um dos locais onde os agentes fazem buscas. As ações ocorrem também em endereços de outras pessoas no Distrito Federal, Minas Gerais e Rio de Janeiro.


A RECORD e o R7 procuraram a assessoria de Ramagem, que disse que não iria se posicionar no momento.

A PF também suspendeu sete policiais federais do exercício das funções públicas. Segundo a corporação, as ações desta quinta (25) fazem parte das investigações da Operação Última Milha, deflagrada em outubro de 2023.

A apuração mostrou que os investigados criaram uma estrutura paralela dentro da agência. "[O grupo] utilizou ferramentas e serviços daquela agência de inteligência do Estado para ações ilícitas, produzindo informações para uso político e midiático, para a obtenção de proveitos pessoais e até mesmo para interferir em investigações da Polícia Federal", explicou a PF.

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