Pacote para transição: líderes na COP anunciam apoio a plano contra combustíveis fósseis
Ao menos 20 países, contando Alemanha e Colômbia, apoiaram ideia para diminuir dependência de petróleo, carvão e gás mineral
Brasília|Lis Cappi, do R7, enviada especial a Belém
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Vinte países anunciaram nesta terça-feira (18) apoio formal para a proposta de transição contra o uso de combustíveis fósseis apresentado pela presidência da COP30.
O apoio ao texto não faz parte das pautas formais da conferência, mas indica um avanço nas ações contra combustíveis como petróleo, carvão e gás mineral.
O plano, que ficou conhecido pelo anúncio de “mutirão” ou “mapa do caminho”, aponta a necessidade de diminuir a dependência de poluentes.
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Os 20 apoios anunciados correspondem às assinaturas formais de países, segundo explicou a ministra colombiana Irene Vélez Torres. Segundo ela, outras nações já sinalizaram que devem aderir ao plano apresentado pelo Brasil, embora ainda não tenham formalizado endosso.
Monitoramento feito pela Beyond Oil and Gas Alliance (BOGA) aponta pela inclinação de 84 países, que ainda não fizeram o endosso formal à proposta.
Sem dar muitos detalhes, Torres disse que a lista de apoio conta com representações da América Latina e da Europa. Algumas nações do continente africano também anunciaram defesa pela transição livre de petróleo, como a Serra Leoa e Quênia.
Apesar do aceno, o Quênia defendeu uma transição que permita o desenvolvimento econômico de países ainda dependentes de combustíveis fósseis.
Alemanha adere ao plano após polêmica
Um dos países que decidiu apoiar a iniciativa foi a Alemanha, conforme indicado pelo ministro do Meio Ambiente alemão, Carsten Schneider, que previu das nações “um grande mutirão global”.
A iniciativa do país ocorre em meio ao desconforto diplomático gerado pelo primeiro-ministro alemão, Friedrich Merz. O político fez queixas sobre a viagem a Belém para participação na Cúpula dos Líderes, evento que antecedeu a COP30.
“Minhas senhoras e senhores, vivemos num dos países mais bonitos do mundo. Perguntei a alguns jornalistas que estiveram comigo no Brasil na semana passada quem gostaria de ficar lá. Ninguém levantou a mão”, afirmou Merz após voltar à Alemanha.
O comentário foi rebatido pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que disse que Belém é melhor do que Berlim, além de considerar que o primeiro-ministro deveria ter ido a um “boteco” no Pará.
“Ele, na verdade, deveria ter ido em um boteco no Pará, deveria ter dançado no Pará, ele deveria ter provado a culinária do Pará, porque ele ia perceber que Berlim não oferece para ele 10% da qualidade que oferece o estado do Pará e a cidade de Belém. E eu falava toda hora, coma maniçoba”, disse Lula.
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