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R7 Brasília

Palácio da Justiça recebe centro de memória e projeto de restauração

Monumento da capital federal, projetado por Oscar Niemeyer com paisagismo de Burle Marx, terá estruturas recuperadas

Brasília|Jéssica Gotlib, do R7, em Brasília

Palácio é protegido por tombamento federal e normas internacionais Isaac Amorim/MJSP - 20.08.2024

Os projetos de restauração do Palácio da Justiça e de criação do Centro de Memória do Ministério da Justiça e Segurança Pública foram lançados nesta terça-feira (20), em Brasília. As iniciativas visam preservar e recuperar as estruturas físicas, arquitetônicas e paisagísticas do edifício, além de garantir a conservação do mobiliário e das obras de arte que fazem parte do patrimônio histórico e cultural da cidade.

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O prédio é uma das principais construções da Esplanada dos Ministérios, em Brasília, e teve o projeto arquitetônico assinado por Oscar Niemeyer, com paisagismo de Burle Marx. Durante a cerimônia de lançamento, foi assinado um protocolo de intenções entre os ministérios da Justiça e da Cultura, além da Presidência da República e do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional).

O Ministério das Relações Exteriores e a Câmara dos Deputados também contribuíram para a elaboração do protocolo. Após a assinatura, os ministros Ricardo Lewandowski e Margareth Menezes inauguraram o Centro de Memória, com a exposição do mobiliário e de objetos antigos. As autoridades também fizeram vistoria na área externa do Palácio da Justiça para acompanhar o início dos trabalhos de restauro.

Conjunto Urbanístico

Um dos destaques da estrutura é o Salão Negro, que tem o painel “O Povo Brasileiro, atribuído a Athos Bulcão. São figuras humanas em diferentes posições, representando a diversidade dos moradores do país, esculpidas em 2.090 placas de aço inoxidável importado da Alemanha.


O palácio integra o Conjunto Urbanístico de Brasília, legalmente protegido em três instâncias: pela Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura), desde 1987; pelo Governo do Distrito Federal, com decreto publicado também em 1987; e pelo tombamento federal do Iphan, em 1992.

O edifício também é protegido pelo Processo de Tombamento Nº 1550-T-07, que resguarda os projetos mais representativos de Oscar Niemeyer na capital do país, como reconhecimento da importância e do significado da obra do arquiteto para a cidade.

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