Parlamentares cobram detalhes da alternativa à desoneração prometida pelo governo federal
Segundo o presidente da Frente do Empreendedorismo, eles estão abertos ao diálogo, mas o governo ainda não os procurou
Brasília|Giovana Cardoso, do R7, em Brasília
Representantes da Frente Parlamentar do Empreendedorismo (FPE) criticaram, nesta terça-feira (28), a falta de detalhes por parte do governo federal sobre a alternativa à desoneração da folha e afirmaram que vão trabalhar para a derrubada do veto.
O presidente da FPE, deputado Joaquim Passarinho (PL-PA), disse que discorda da possibilidade de manter o veto para esperar que o governo apresente nova proposta.
Segundo o deputado, parlamentares estão abertos a um possível diálogo, mas o governo ainda não os teria procurado. “Estamos abertos a conversar, mas o governo já procurou vocês? Não, apenas anunciou que iria mandar uma nova proposta. A ideia é que a gente possa derrubar o veto, se o governo tiver uma proposta melhor, nós estamos abertos a essa discussão”, disse Passarinho.
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Durante o encontro, o autor do projeto de lei que prorroga a desoneração até 2027, senador Efraim Filho (União-PB), citou uma conversa que teve com o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (PSD-MG), e afirmou que o maior desafio é pautar a matéria devido a outras sessões que estão em andamento no Congresso.
“As primeiras impressões que o senador Rodrigo Pacheco trouxe foram de sensibilidade quanto ao tema. O nosso maior desafio é pautar a matéria. Sendo pautada até o final do ano, nós temos os votos para ser derrubado”, afirmou Efraim.
De acordo com o senador, a ideia é derrubar o veto e prorrogar a proposta para que depois seja discutido o aperfeiçoamento. “Se o governo reconhecer o apelo social, o próprio governo pode liberar a base para a derrubada do veto e aí sim encaminhar sua proposta, que pode ser discutida, ou em um projeto avulso ou na segunda fase da reforma tributária, que trata dos impostos sobre renda e patrimônio”, completou.
Os parlamentares afirmaram ainda que alguns pontos da matéria não são negociáveis, como a desoneração dos 17 setores, e criticaram as razões apresentadas pelo ministro da Fazenda, Fernando Haddad.