Parlamentares na comitiva de Lula à China recebem R$ 2 mil de diárias
Sete senadores e 21 deputados integram o grupo que embarcou nesta terça-feira (11); o valor total chega a R$ 333 mil
Brasília|Do R7, em Brasília
Deputados e senadores que acompanham o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) na viagem para a China vão custar aos cofres públicos ao menos R$ 333 mil em diárias que devem ser utilizadas para cobrir os custos com hospedagem, transporte local e alimentação. No caso dos deputados, o valor é de 428 dólares (R$ 2.174, na cotação atual do Banco Central) e, no dos senadores, 416 dólares (R$ 2.113).
O R7 contabilizou os valores pensando em cinco diárias cheias e uma meia para os sete senadores e 21 deputados federais que embarcaram nesta terça-feira (11). Isso porque ainda não se sabe se o retorno para o Brasil, no próximo domingo (16), vai valer como uma diária inteira, o que pode aumentar o custo. A reportagem procurou a Câmara dos Deputados e o Senado, mas ainda não obteve retorno.
Também não foi informado quantos assessores estão acompanhando os respectivos parlamentares, tampouco os funcionários lotados nos ministérios que compõem a comitiva brasileira. Sendo assim, os gastos informados pela reportagem não levam em conta essa parcela do grupo que foi à China, o que vai aumentar o número final.
Comitiva
A comitiva que embarcou com Lula nesta terça-feira (11) conta com 42 lideranças políticas, entre parlamentares, ministros e governadores. O número completo, considerando-se assessores e emprésarios que também estão no grupo, não foi informado. Veja abaixo a lista da delegação brasileira:
Lula convidou também Arthur Lira (PP-AL), o presidente da Câmara dos Deputados, mas ele cancelou a participação na viagem após ter passado por uma cirurgia para corrigir uma hérnia umbilical.
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Agenda
A visita da comitiva brasileira à China começa nesta quinta-feira (13), em Xangai. Pela manhã, Lula participa da cerimônia de posse da ex-presidente Dilma Rousseff (PT) como nova presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, o banco do Brics. À tarde, o petista se encontra com empresários e, à noite, viaja para Pequim.
Na sexta-feira (14), a agenda oficial começa na capital chinesa, com uma reunião com o presidente da Assembleia Popular Nacional, Zhao Leji, no Grande Palácio do Povo. Depois, o presidente vai depositar flores em uma cerimônia na praça da Paz Celestial. À tarde, encontra-se com lideranças sindicais e, então, terá uma reunião com o primeiro-ministro da China, Li Qiang.
Depois, Lula vai ser recebido em uma cerimônia oficial pelo presidente Xi Jinping. A programação conta com um encontro aberto, uma cerimônia para a assinatura de acordos bilaterais e uma reunião fechada. Em seguida, estão previstos um jantar, registro de fotos e troca de presentes.
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No retorno para o Brasil, o avião presidencial vai pousar em Abu Dhabi, a capital dos Emirados Árabes Unidos, para uma visita oficial no sábado (15). A previsão é que a comitiva brasileira desembarque em Brasília no dia seguinte, domingo (16).
A viagem de Lula para a China estava prevista, inicialmente, para ocorrer no fim de março. No entanto, foi adiada devido ao diagnóstico de pneumonia do presidente. Com a saída do petista, o vice-presidente, Geraldo Alckmin, assume a Presidência da República — ele, inclusive, acompanhou o embarque de Lula, mais cedo.