Com investimento que pode chegar a R$ 1,3 bi, governo autoriza criação de parque aeroespacial na Bahia
Polo terá áreas de ensino, pesquisa e promoção do setor aeroespacial. A princípio, não serão construídos novos edifícios
Brasília|Ana Isabel Mansur, do R7, em Brasília
O governo federal, por meio do Ministério da Defesa e o Comando da Aeronáutica, autorizou a criação do Parque Tecnológico Aeroespacial da Bahia, em Salvador (BA). O evento de assinatura ocorreu na manhã desta quinta-feira (18), na capital baiana, com a presença do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. A parceria será com o governo da Bahia e o Centro Integrado de Manufatura e Tecnologia do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai Cimatec). O governo planeja investir R$ 650 milhões no empreendimento e valor semelhante em equipamentos e laboratórios — o custo total pode chegar a R$ 1,3 bilhão.
A previsão é que as operações tenham início no primeiro semestre de 2025. O parque será instalado na Base Aérea de Salvador, em local cedido pela União ao Senai Cimatec, que vai gerir a unidade. O empreendimento vai compreender áreas de ensino, pesquisa e promoção do setor aeroespacial. A princípio, não serão construídos novos edifícios. A proposta inicial é aproveitar estruturas já existentes na base aérea, por meio de reformas e readaptações.
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As entidades envolvidas calculam que o parque deve ter 893 mil m² de área total, com 138 mil m² de hangares e 45 mil m² de edifícios construídos. O principal ativo do polo será o acesso à pista de decolagem e pouso.
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O projeto do parque é baseado em quatro pilares — espaço, defesa, mobilidade aérea avançada e aeronáutica comercial. O mercado global do setor foi estimado em US$ 807,7 bilhões no ano passado, o que equivale a R$ 3,9 trilhões. A expectativa é que os números cheguem a US$ 1,4 trilhão em 2032 — cerca de R$ 6,9 trilhões.
A partir da assinatura da criação do parque, nesta quinta-feira (18), as partes envolvidas terão cinco meses para elaborar o plano diretor, que vai definir a atuação de empresas e detalhar investimentos públicos e privados.