PCDF descarta abuso de menina de 3 anos e confirma morte por choque elétrico
IML apontou marcas de queimadura por descarga elétrica. Médico que atendeu criança após incidente alegou que ela teria sinais de violência sexual
Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília
Cerca de menos de 24 horas após a análise do corpo, o laudo produzido pelo Instituto Médico Legal (IML) confirmou a morte por choque elétrico de uma menina de três anos, que morreu nessa sexta-feira (18) no Distrito Federal. Com isso, a Polícia Civil descartou a hipótese de que ela tivesse sido abusada por familiares.
A principal linha de investigação, no momento, é de que a morte tenha sido acidental. "Não dá para falar em negligência porque a criança pode ter colocado a mão sem que eles tivessem visto, que é o que a gente acredita", ponderou o delegado Pablo Aguiar, da 27ª Delegacia de Polícia (Recanto das Emas), a frente da apuração. "Ainda vamos concluir com os laudos".
Segundo Aguiar, o perito considerou a hipótese de choque elétrico a mais provável, pois há marca muito sugestiva de queimadura por eletricidade. Um exame microscópico ainda será realizado para confirmar o diagnóstico. Além disso, o profissional não constatou nenhum sinal evidente de agressão sexual.
Um laudo complementar do Instituto de Criminalística (IC), que deve ser liberado na segunda-feira (21), vai analisar a corrente elétrica que passou pela casa, no Recanto das Emas.
Versões
Por volta das 18h30 dessa sexta-feira (18), a mãe e o tio da menina foram à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do Recanto das Emas carregando a criança. Na ocasião, eles informaram que ela havia sofrido uma descarga elétrica. Contudo, ela já chegou à unidade de saúde sem vida.
O médico que atendeu a família e examinou a criança disse que não encontrou sinais de choque elétrico. Porém, percebeu marcas de violência sexual e comunicou o fato à Polícia Civil. Todos foram ouvidos na delegacia.
Em seu depoimento, o profissional de saúde disse aos agentes que, pela coloração da criança, ela tinha morrido há um certo tempo e que os abusos vinham de bem antes do óbito. Os parentes da vítima protestaram, e confirmaram a versão de que ela tinha sofrido o choque.