'Pequenos grupos extremistas não vão mandar no Brasil', diz ministro da Justiça
Diante de ameaças de atos antidemocráticos, Flávio Dino afirmou que PF e PRF tomarão providências
Brasília|Bruna Lima, do R7, em Brasília
O ministro da Justiça, Flávio Dino, afirmou, neste sábado (7), que articula, junto aos diretores da Polícia Federal (PF) e Polícia Rodoviária Federal (PRF), medidas para coibir e penalizar atos antidemocráticos. "Pequenos grupos extremistas não vão mandar no Brasil", publicou nas redes sociais.
O recado ocorre após grupos que contestam o resultado das eleições de 2022 ameaçarem promover novos bloqueios de circulação de pessoas e com o registro de agressões por parte de manifestantes em diferentes estados.
O ministro recomendou a pessoas agredidas que registrem boletim de ocorrência nas delegacias locais e disse que os casos serão apurados, primeiramente, pela segurança de cada região. As forças federais entram quando for de competência da União. "Estamos mobilizados para atuar imediatamente."
Reiteramos que liberdade de expressão não abrange agressões físicas%2C sabotagens violentas%2C golpismo político.
Nas postagens, Dino faz menção ao caso da mulher agredida em São Paulo por um homem em uma carreata de apoiadores do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O episódio ocorreu na avenida Angélica, na área central da capital paulista, na sexta-feira (6).
No dia anterior, um repórter cinematográfico foi atacado por manifestantes em frente a um quartel-general na avenida Raja Gabaglia, em Belo Horizonte (MG). Ele e a equipe de reportagem cobriam o desmonte de um acampamento de apoiadores de Bolsonaro.
Em grupos nas redes sociais, manifestantes também tentam realizar uma mobilização em Brasília. Os organizadores querem bloquear vias e promover atos em vários pontos da capital, de forma que a cidade seja paralisada. Há, ainda, pessoas que fazem incentivo ao uso de armas.
"Sobre uma suposta 'guerra' que impatriotas dizem querer fazer em Brasília, já transmiti as orientações cabíveis à PF e PRF. E conversei com o governador Ibaneis e o ministro Múcio (Defesa)", completou Dino.