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Perfil que seria de mulher de Cid estava em grupo com advogado de Bolsonaro, diz Meta

Perfil de Gabriela Cid teria sido usado pelo tenente-coronel

Brasília|Gabriela Coelho, Augusto Fernandes e Rute Moraes, do R7, em Brasília

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(Da esq. p/ a dir.) O advogado Paulo Amador Cunha Bueno e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) Fellipe Sampaio/STF - 10/06/2025

O perfil no Instagram @gabrielar702, atribuído a mulher do tenente-coronel Mauro Cid, Gabriela Cid, estava em um grupo na rede social com os advogados Paulo Amador Cunha Bueno (que defende o ex-presidente Jair Bolsonaro) e Eduardo Kuntz (que atua na defesa do ex-assessor presidencial Marcelo Câmara).

A informação consta em um documento enviado pela Meta ao STF (Supremo Tribunal Federal), na semana passada, por determinação do ministro Alexandre de Moraes. Nesta segunda-feira (23), o ministro tirou o sigilo do documento.


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O arquivo mostra o que seria um grupo entre os três perfis, sendo que Mauro Cid estaria usando o de sua esposa, o que o militar nega.

Em 14 de junho de 2024, Kuntz enviou uma mensagem sobre uma aula ao vivo “focada no estudo da investigação defensiva”, do advogado Aury Lopes Júnior. “O processo penal de hoje exige uma nova advocacia”, diz a publicação do perfil @criminalplayer e @aurylopesjr, enviada no grupo.


Após ler a mensagem, Bueno responde: “Queria conhecer o Aury”. Já Cid não respondeu a mensagem e falou no grupo apenas três dias depois, enviando uma publicação sobre viagem.

Procurada por esta reportagem, Bueno não retornou até a publicação. O espaço segue aberto. Já Kuntz disse que vai analisar “com calma” o documento da Meta e que, depois, iria se manifestar.


Cid está proibido de utilizar redes sociais como medida cautelar. Segundo a defesa, ele jamais usou o perfil em questão e desconhece sua existência, embora reconheça a coincidência entre o nome das contas e o de sua esposa.

Advogado afirma que manteve contato com Cid

Tais informações chegaram ao STF após a defesa de Cid pedir uma apuração sobre a denúncia de Kuntz. O advogado de Câmara enviou prints e vídeos ao STF, afirmando que manteve conversas com o tenente-coronel, por meio do perfil de Gabriela, sobre detalhes do acordo de delação premiada firmado com o aval do STF.


O Google, que também teve de se manifestar ao STF, detalhou que o perfil de Gabriela no Instagram foi criado com o endereço de e-mail maurocid@gmail.com, em janeiro de 2024.

Conforme a empresa, o e-mail foi criado em 3 de janeiro de 2005 e o aniversário do dono desse endereço é 17 de maio de 1979, mesma data em que Cid nasceu.

O tenente-coronel, Câmara e o ex-presidente Jair Bolsonaro são réus na ação sobre a tentativa de golpe de Estado após as eleições de 2022. Mas Cid é o único delator no processo. Todos os réus não podiam manter contato entre si até algumas semanas atrás.

Após a divulgação do possível contato, Moraes determinou a prisão preventiva de Câmara, alegando que ele tentou, por meio da defesa, obter informações sigilosas sobre o acordo de colaboração premiada de Cid.

O ministro ainda determinou que fosse instaurada uma investigação sobre Kuntz e Câmara sobre possível obstrução de Justiça.

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