Pesquisadores do Pdad reforçam visitas em regiões que mais recusam atendimento no DF
Dados coletados na pesquisa traçam um perfil socioeconômico da população, o que ajuda na formulação de políticas públicas
Brasília|Do R7, em Brasília
Os pesquisadores do IPEDF (Instituto de Pesquisa e Estatística do Distrito Federal) iniciaram a fase final do levantamento da Pdad (Pesquisa Distrital por Amostra de Domicílios), que já apurou dados em 92% dos domicílios que compõem a amostra. O foco agora é visitar as regiões com a maior taxa de recusa em responder à pesquisa, como Lago Norte, Park Way, Lago Sul, SIA (Setor de Indústria e Abastecimento), São Sebastião e Plano Piloto. Os dados são utilizados para traçar um perfil socioeconômico da população e auxiliar o governo na elaboração de políticas públicas.
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A diretora de Estatísticas e Pesquisas Socioeconômicas, Dea Fioravante, explica que a pesquisa utiliza o método estatístico amostral, onde domicílios são sorteados e a amostra coletada é representativa para o restante da população.
“A gente precisa de um número mínimo de domicílios com determinadas características para ter uma representatividade daquele grupo de pessoas que são semelhantes. Se a gente não conseguir cobrir todo o plano, a gente tem uma amostra representativa para o DF, mas não temos para essas regiões. E aí a gestão pública fica mais difícil”, afirma.
O estudo começou em novembro de 2023 e é um levantamento de dados das regiões administrativas, da área rural do DF e dos 12 municípios do Entorno. O diretor-presidente do IPEDF, Manoel Clementino, destaca que o principal desafio da pesquisa tem sido o acesso aos domicílios e a disposição da população em atender os pesquisadores.
“Existe, também, a recusa por parte do morador de responder à pesquisa, seja porque não tem tempo, porque não conhece o que está acontecendo ou por desconfiança”, observa.
Como identificar um pesquisador
O IPEDF explica que os agentes de coleta atuam uniformizados com o colete marrom com o nome do instituto. Eles também contam com QRCode no celular, que ao ser lido direciona a população até a página da pesquisa com o nome do agente. Assim, antes mesmo de abrir a porta, o morador pode apontar a câmera do celular e fazer a leitura da codificação e verificar que é de fato uma pessoa cadastrada do instituto que está ali para fazer o levantamento.
“É muito necessário que o morador sorteado receba o agente de coleta. É uma pesquisa segura, a gente não usa nenhum dado individualmente. O único dado individual que a gente usa é o primeiro nome e o telefone porque entra em contato para ter certeza que o questionário foi coletado naquele domicílio e que não foi fraudado, cumprindo nosso plano amostral”, diz Dea Fioravante.