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PF acha indícios de que servidores da Abin usaram programa para espionar computadores

Os investigados teriam usado ilegalmente outras ferramentas, entre elas uma que dava acesso a todos os dados privados do alvo

Brasília|Natália Martins, da Record TV, e Emerson Fonseca Fraga, do R7, em Brasília

Espionagem ilegal teria sido feita na Abin
Espionagem ilegal teria sido feita na Abin Espionagem ilegal teria sido feita na Abin

A Polícia Federal (PF) descobriu indícios do uso de mais ferramentas de espionagem ilegal por servidores da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) — entre elas um programa de invasão de computadores que permitia acesso a todo o conteúdo privado dos alvos. Os softwares foram encontrados nos equipamentos apreendidos na Operação Última Milha. As informações foram repassadas à Record TV por uma fonte da corporação. 

A suspeita é que os investigados usavam "técnicas que só são permitidas mediante prévia autorização judicial".

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Na última sexta-feira (20), a PF revelou que um sistema de geolocalização da Abin para dispositivos móveis, como celulares e tablets, teria sido usado em monitoramentos ilegais por servidores mais de 30 mil vezes em dois anos e meio. Entre os alvos da espionagem irregular estariam ministros do Supremo Tribunal Federal (STF), jornalistas, políticos e adversários do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Foram presos os servidores Rodrigo Colli e Eduardo Arthur Yzycky. A investigação da PF revelou que ambos sabiam das ilegalidades e teriam coagido colegas para evitar processos administrativos disciplinares. A demissão deles foi publicada no Diário Oficial da União (D.O.U.) ainda na sexta-feira.

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Segundo a Casa Civil da Presidência da República, eles foram desligados do serviço público por participar de gerência ou administração de sociedade privada, por exercer o comércio e por improbidade administrativa.

A PF também cumpriu 25 mandados de busca e apreensão no Distrito Federal, em São Paulo, em Santa Catarina, no Paraná e em Goiás. Os agentes encontraram mais de US$ 171 mil em espécie na casa de um dos suspeitos, em Brasília. Além disso, o ministro do STF Alexandre de Moraes determinou o afastamento de outros cinco funcionários da Abin.

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