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PF apura envio de R$ 1,5 mi do Careca do INSS para empresária e suposta citação de Lulinha

Transferências para empresa de Roberta Luchsinger e áudio interceptado ampliam investigação sobre fraudes no INSS

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Polícia Federal investiga a transferência de R$ 1,5 milhão relacionada ao Careca do INSS.
  • Novos elementos surgem com a menção de um homem chamado “Fábio”, que pode estar ligado a Lulinha, filho do presidente.
  • Roberta Luchsinger, receptora das transferências, é apontada como parte de um esquema de lavagem de dinheiro.
  • Documentos analisados revelam inconsistências em contratos e notas fiscais, sugerindo a atuação de uma organização criminosa.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

PF e outros órgãos participaram de mais uma fase da Operação Sem Desconto nesta quinta-feira (18) PF/Divulgação - 18.12.2025

A Polícia Federal investiga a transferência de R$ 1,5 milhão associada a Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, no âmbito da Operação Sem Desconto. A apuração é voltada a um suposto esquema de lavagem de dinheiro e ocultação de patrimônio obtido a partir de fraudes contra aposentados e pensionistas.

O caso ganhou novo elemento após a citação de um homem identificado como “Fábio” em mensagens interceptadas, cuja identidade a PF apura, inclusive quanto a eventual ligação com Fábio Luís Lula da Silva, o Lulinha, filho do presidente da República.


A menção aparece em uma conversa registrada em 5 de maio de 2025 entre a investigada Roberta Moreira Luchsinger e o Careca do INSS. Nela, Roberta tenta minimizar o impacto da operação policial e da repercussão na imprensa, citando um episódio anterior envolvendo “Fábio”, usado como exemplo de desgaste público superado ao longo do tempo.

Até o momento, os autos não confirmam quem seria a pessoa mencionada, nem apontam vínculo direto com os fatos sob investigação.


O relatório da Polícia Federal detalha que Roberta recebeu cinco transferências distintas de R$ 300 mil, totalizando R$ 1,5 milhão, valores destinados à empresa RL Consultoria e Intermediações Ltda., de sua propriedade.

A apuração descarta a hipótese de pagamento único parcelado e sustenta a existência de repasses sucessivos tratados internamente como “parcelas”.


De onde partiram os pagamentos

Segundo os investigadores, os pagamentos partiram da empresa Brasília Consultoria Empresarial S/A, após solicitação do Careca do INSS, com execução atribuída a Milton Júnior, então diretor financeiro da companhia.

Mensagens apreendidas mostram referências diretas às parcelas e envio de comprovantes de transferências no valor de R$ 300 mil.


A PF também aponta inconsistências nos contratos apresentados para justificar os repasses. Os documentos mencionam projetos em áreas como energia, hidrogênio e esmagadoras industriais, enquanto as notas fiscais registram códigos de serviço incompatíveis.

Há ainda divergências entre a atividade econômica da empresa pagadora e os serviços descritos, além de intervalos considerados irregulares para prestação continuada.

Núcleos

O relatório descreve a atuação de uma organização criminosa estruturada em diferentes núcleos — administrativo, financeiro, empresarial, político e com participação de servidores públicos.

O material reúne pedidos de prisão preventiva, monitoramento eletrônico e afastamento cautelar de investigados, com concordância parcial do Ministério Público Federal.

Entre os nomes citados nos autos estão Romeu Carvalho Antunes, Tiago Schettini Batista e o senador Weverton Rocha.

A reportagem tenta contato com as defesas de Antônio Carlos Camilo Antunes, Roberta Moreira Luchsinger e Lulinha. O espaço segue aberto.

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