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PF cobra de Anderson Torres devolução de R$ 87 mil de salário recebido na prisão

O R7 confirmou a informação; os advogados de Torres disseram que vão apresentar a defesa dele na esfera administrativa 

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Torres ficou preso 117 dias após o 8 de Janeiro
Torres ficou preso 117 dias após o 8 de Janeiro

A Polícia Federal exigiu na semana passada que o ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres devolva cerca de R$ 87 mil de salários como delegado federal enquanto esteve preso. A informação foi confirmada pelo R7. Procurados, os advogados de Torres disseram que vão apresentar a defesa dele na esfera administrativa.

“Sobre a devolução dos salários do ex-ministro Anderson Torres, informamos que será apresentada a defesa no prazo legal, seguindo o entendimento do STF de que, no período referente à prisão preventiva, não é permitida a suspensão ou a cobrança da remuneração recebida pelo servidor público”, disseram os advogados em uma nota.

Ao todo, foram 117 dias de prisão. Em maio, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), concedeu liberdade provisória ao ex-ministro.

Moraes determinou que ele use tornozeleira eletrônica, tenha o porte de arma de fogo suspenso, não deixe o país, não use redes sociais e não mantenha contato com outros investigados no inquérito sobre o 8 de Janeiro. Ele também deve permanecer afastado do cargo de delegado da Polícia Federal.


Entre as obrigações impostas a Torres está comparecer todas as segundas-feiras à Vara de Execuções Penais do DF e ficar em casa à noite e nos fins de semana. Ele também está proibido de deixar a capital federal.

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Em janeiro, o ex-ministro foi preso assim que desembarcou no aeroporto de Brasília, vindo dos Estados Unidos, onde estava de férias com a família. A suspeita é que ele tenha se omitido em relação aos atos extremistas de 8 de janeiro, quando vândalos invadiram e depredaram as sedes dos Três Poderes, em Brasília.

No primeiro depoimento à Polícia Federal, em 18 de janeiro, Anderson Torres permaneceu calado. Em 3 de fevereiro, ele aceitou depor. Falou por cerca de dez horas sobre os atos de extremismo em Brasília e afirmou que houve "falha grave" na atuação da Polícia Militar do DF naquele dia.

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