PF faz buscas em endereços de assessores de Sóstenes Cavalcante e Carlos Jordy
Operação é realizada na manhã desta quinta-feira em residências de pessoas aliadas aos deputados federais
Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília
A PF (Polícia Federal) realiza uma operação nesta quinta-feira (19) com buscas em endereços de assessores dos deputados federais Sóstenes Cavalcante (PL-RJ) e Carlos Jordy (PL-RJ). Ao todo, são seis mandados cumpridos em dois estados e no Distrito Federal.
A reportagem busca contato com os citados. O espaço está aberto para manifestação.
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Jordy foi alvo da PF no início deste ano. Na ocasião, a corporação investigava eventual financiamento e planejamento dos atos antidemocráticos de 8 de Janeiro de 2023. “Os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, associação criminosa e incitação ao crime”, dizia o comunicado.
A PF fez buscas e apreendeu um celular e uma arma na época. Ao todo, foram oito mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e no Distrito Federal, incluindo o gabinete de Jordy na Câmara dos Deputados. Em depoimento, o parlamentar negou incitar qualquer tipo de ato antidemocrático contra o resultado das eleições de 2022 e chamou a operação de “piada”.
Agora, um dos assessores do Jordy é alvo da PF. Informações preliminares apontam eventual uso de recursos parlamentares para pagamentos irregulares. Os mandados foram expedidos pelo STF (Supremo Tribunal Federal). A operação recebeu o nome de “Rent a Car” devido ao modus operandi dos investigados, que utilizaram uma empresa de locação de veículos para simular contratos de prestação de serviços.
Em nota, a PF afirmou que os crimes cometidos são peculato, lavagem de dinheiro e organização criminosa. As buscas são feitas nos estados do Rio de Janeiro, Tocantins e no Distrito Federal. Ao todo, são seis mandados.
“As investigações apontam para a existência de um esquema criminoso caracterizado pela interação entre os setores público e privado, no qual agentes públicos e empresários teriam estabelecido um acordo ilícito para o desvio de recursos públicos oriundos de cotas parlamentares”, diz a corporação.