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R7 Brasília

PF marca para 14 de novembro depoimento de Zambelli sobre acusações feitas por hacker

A defesa da deputada já pediu diversas vezes o adiamento por não ter tido acesso ao inquérito

Brasília|Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Zambelli foi intimada a depor na PF em 14/11
Zambelli foi intimada a depor na PF em 14/11

A Polícia Federal marcou para 14 de novembro, às 14h, em Brasília, o depoimento da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) em inquérito que investiga a participação dela em um esquema que inseriu dados falsos no sistema do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). A informação foi confirmada pela defesa da parlamentar. 

Os advogados da deputada já pediram diversas vezes o adiamento sob a alegação de não ter tido acesso ao inquérito. A parlamentar e o hacker Walter Delgatti Neto foram alvo de uma operação, deflagrada pela PF em agosto, para apurar a invasão do sistema do CNJ com o objetivo de inserir informações falsas sobre o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes.

Em nota, a assessoria de Zambelli afirma que a PF já concluiu que as transferências, que totalizaram R$ 10,5 mil, foram feitas para pagar garrafas de uísque. Além disso, a equipe diz que a corporação não encontrou indícios de que Zambelli soubesse dos ataques ao sistema do CNJ, ou mesmo sobre as transações entre o então assessor dela e Delgatti Neto.

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"Desde o início das investigações, as acusações de Walter foram destacadas com legitimidade, sem um ponto de vista crítico sobre seu comportamento e declarações", diz a nota.


Delgatti ficou conhecido pelo episódio da "Vaza Jato", quando invadiu telefones de autoridades envolvidas com a Operação Lava Jato e publicou conversas entre integrantes da força-tarefa.

Em depoimento à PF, ele disse que Zambelli o teria contratado para fraudar as urnas eletrônicas e inserir um mandado de prisão contra Moraes no sistema do CNJ. Para isso, ele teria recebido R$ 13 mil, pagos por assessores da deputada.

No mesmo dia da operação da PF, Zambelli convocou jornalistas para uma entrevista na Câmara dos Deputados. Ela negou que tenha contratado o hacker para fazer trabalhos criminosos e afirmou que os pagamentos feitos a Delgatti se referem a serviços para o site dela.

Ainda segundo a deputada, as remunerações referentes ao trabalho somam R$ 3.000, que saíram de contas pessoais.

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