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R7 Brasília

PF vai pedir ao STF novo inquérito para apurar fraude em vacina em Duque de Caxias

Medida ocorre após operação deflagrada nesta quinta-feira (4) contra secretários do município e do Governo do Rio de Janeiro

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília


Agentes da Polícia Federal durante ação Reprodução/Polícia Federal

A Polícia Federal vai pedir ao STF (Supremo Tribunal Federal) a abertura de um novo inquérito para apurar as fraudes em cartões de vacinas da Covid-19 em Duque de Caxias (RJ). A medida ocorre após a corporação deflagrar uma operação nesta quinta-feira (4). Foram alvos de busca e apreensão o ex-prefeito da cidade e atual secretário de Transporte e Mobilidade Urbana do Rio de Janeiro, Washington Reis, e a secretária de Saúde de Duque de Caxias, Célia Serrano.

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Segundo a PF, os secretários seriam responsáveis por viabilizar a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nestes sistemas. A corporação afirma que a ação também visa buscar a identificação de novas pessoas que teriam sido beneficiadas pelo esquema fraudulento. Nesta fase, são cumpridos mandados de busca e apreensão emitidos pelo STF, a pedido da PGR (Procuradoria-Geral da República).

Em entrevista à imprensa, Reis negou irregularidades. “Reviraram a casa de cabeça para baixo, não tem nada escondido. Moro aqui em Xerém há 57 anos, desde quando nasci. Eles podem vir 600 vezes”, disse.

O secretário foi questionado se acredita ser alvo de perseguição, mas respondeu que não vai “bater boca com Justiça nem com magistrado”. Contudo, disse que “a gente está sendo vítima”. “Não vou dizer de covardia, porque eu não sou frouxo”, completou.


De acordo com pessoas com conhecimento das negociações, a abertura de um novo inquérito é importante em função das novas informações colhidas pelos investigadores, que apontam se tratar de um esquema maior. A solicitação deve ser incluída no relatório da investigação das vacinas, que será apresentado nos próximos dias pela PF.

Como mostrou o R7, a PF, nesse relatório, deve indiciar o ex-presidente Jair Bolsonaro e auxiliares dele por falsificação de certificados de vacina da Covid-19 e venda ilegal de joias presenteadas por autoridades internacionais. Nas duas investigações, a organização acredita ter provas robustas para incriminar o ex-chefe do Executivo.


Caso o indiciamento seja confirmado, a polícia envia o relatório da investigação ao STF.

Em relação às vacinas, segundo a PF, as inserções falsas ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e tiveram como consequência a alteração da verdade. Com isso, os investigados puderam emitir os respectivos certificados de vacinação e utilizá-los para burlar as restrições sanitárias vigentes impostas pelos poderes públicos (do Brasil e dos Estados Unidos), que visavam impedir a propagação da doença.

Bolsonaro já foi indiciado pela Polícia Federal no caso das vacinas, em março deste ano, por inserção de dados falsos em sistema de informações e associação criminosa. No mês seguinte, a PGR (Procuradoria-Geral da República) defendeu que a corporação realizasse mais investigações após analisar o relatório policial. A continuidade do inquérito pode ter revelado novos crimes cometidos pelo ex-presidente.

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