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PGR pede ao STF condenação de réus do ‘núcleo 3’ da trama golpista

Núcleo 3 tem 10 réus; segundo PGR, grupo pressionou militares a aderir a eventual golpe e idealizou plano para matar autoridades

Brasília|Do R7, em Brasília

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A PGR apresentou alegações finais ao STF sobre réus do núcleo 3 da trama golpista após as eleições de 2022.
  • Nove réus foram pedidos para serem condenados por crimes relacionados ao planejamento e execução de ações golpistas.
  • O grupo pressionou o Alto Comando do Exército e articulou ataques a autoridades, incluindo Luiz Inácio Lula da Silva.
  • A denúncia é sustentada por gravações, manuscritos e documentos que comprovam a coordenação com o então presidente Jair Bolsonaro.

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Brasília (DF) 10/09/2025 - O procurador-geral da República, Paulo Gonet, na Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal (STF) que realiza o quarto dia de julgamento dos réus do Núcleo 1 da trama golpista, formado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete aliados.  Foto: Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil
PGR sustenta que denunciados agiram sob coordenação do então presidente Bolsonaro Fabio Rodrigues-Pozzebom/Agência Brasil - 10.9.2025

A PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou nesta segunda-feira (15) ao STF (Supremo Tribunal Federal) as alegações finais da ação penal contra os integrantes do chamado núcleo 3 da trama golpista após as eleições de 2022.

Os réus deste núcleo são:


  • Bernardo Romão Corrêa Netto (coronel do Exército, preso na Operação Tempus Veritatis);
  • Estevam Theophilo (general da reserva e ex-chefe do Comando de Operações Terrestres);
  • Fabrício Moreira de Bastos (coronel);
  • Hélio Ferreira Lima (tenente-coronel);
  • Márcio Nunes de Resende Júnior (coronel);
  • Rafael Martins de Oliveira (tenente-coronel, ligado ao grupo “kids pretos”);
  • Rodrigo Bezerra de Azevedo (tenente-coronel);
  • Ronald Ferreira de Araújo Júnior (tenente-coronel, citado em discussões sobre a minuta golpista);
  • Sérgio Ricardo Cavaliere de Medeiros (tenente-coronel);
  • Wladimir Matos Soares (agente da Polícia Federal).

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, pediu a condenação de nove réus por crimes relacionados ao planejamento e à execução das ações. As infrações imputadas pela PGR são:

  • Organização criminosa armada;
  • Tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito;
  • Golpe de Estado;
  • Dano qualificado contra patrimônio da União;
  • Deterioração de patrimônio tombado.

Com relação a Ronald Ferreira de Araújo Júnior, a PGR entendeu que, diferentemente dos demais acusados, não foram reunidos elementos adicionais que comprovassem uma vinculação aprofundada dele com a organização criminosa.


Dessa forma, a PGR reclassificou a conduta de Ronald para incitação ao crime. Com isso, ele terá a oportunidade de buscar acordos com a Justiça que podem resultar em penas mais brandas ou outras condições favoráveis.

Pressão sobre militares e plano para matar autoridades

Segundo a PGR, o grupo atuou em duas frentes principais: de um lado, buscando pressionar o Alto Comando do Exército a aderir ao golpe, e de outro, articulando planos de neutralização e ataque a autoridades, incluindo o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes.


“Graças à ação dos acusados, o Alto Comando do Exército foi severamente pressionado a ultimar o Golpe de Estado, autoridades públicas estiveram na mira de ações violentas e forças terrestres foram disponibilizadas aos intentos criminosos”, afirmou Gonet no documento.

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Segundo a acusação, a denúncia está fundamentada em gravações, manuscritos, planilhas, mensagens eletrônicas e depoimentos, incluindo documentos como o “Desenho Op Luneta” e o “Punhal Verde Amarelo”. Esses registros comprovariam que os acusados documentaram quase todas as fases da empreitada golpista.


A PGR sustenta que os denunciados agiram sob coordenação do então presidente Jair Bolsonaro e que suas ações só não resultaram na efetiva ruptura institucional devido à resistência do Exército e da Aeronáutica.

Perguntas e Respostas

O que a PGR apresentou ao STF em relação ao núcleo 3 da trama golpista?

A PGR (Procuradoria-Geral da República) apresentou as alegações finais da ação penal contra os integrantes do núcleo 3 da trama golpista após as eleições de 2022.

Quem são os réus do núcleo 3 da trama golpista?

Os réus deste núcleo são nove indivíduos acusados de crimes relacionados ao planejamento e à execução das ações golpistas.

Qual foi o pedido do procurador-geral da República em relação aos réus?

O procurador-geral da República, Paulo Gonet Branco, pediu a condenação de nove réus por crimes relacionados ao planejamento e à execução das ações golpistas.

O que foi solicitado em relação a Ronald Ferreira De Araujo Júnior?

A PGR pediu que Ronald Ferreira De Araujo Júnior seja condenado por incitação ao crime, embora não tenha encontrado indícios de que ele tenha tido ligação com o grupo.

Como o grupo atuou segundo a PGR?

O grupo atuou em duas frentes principais: pressionando o Alto Comando do Exército a aderir ao golpe e articulando planos de neutralização e ataque a autoridades, incluindo o presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do STF Alexandre de Moraes.

Quais evidências a PGR apresentou para fundamentar a denúncia?

A denúncia está fundamentada em gravações, manuscritos, planilhas, mensagens eletrônicas e depoimentos, incluindo documentos como o “Desenho Op Luneta” e o “Punhal Verde Amarelo”, que comprovariam que os acusados documentaram quase todas as fases da empreitada golpista.

Qual é a alegação da PGR sobre a coordenação das ações dos denunciados?

A PGR sustenta que os denunciados agiram sob a coordenação do então presidente Jair Bolsonaro e que suas ações não resultaram na efetiva ruptura institucional devido à resistência do Exército e da Aeronáutica.

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