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PGR recorre para limitar alcance de ampliação do foro privilegiado

Para Paulo Gonet, decisão não pode ser aplicada de forma automática e irrestrita a todos os processos

Brasília|Da Agência Brasil

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Polícia Federal investiga suspeita de bomba em voo da Azul que partiu de São Luís para Campinas.
  • A aeronave desviou para o Aeroporto de Brasília após a tripulação encontrar um bilhete com ameaças no banheiro.
  • O pouso ocorreu sem incidentes, e passageiros e tripulantes desembarcaram em segurança.
  • A PF realiza varredura na aeronave para verificar possíveis artefatos explosivos e apura a origem da ameaça.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Gonet: decisão não deve valer para ações penais que já estão em fase final Fellipe Sampaio /STF - 14.5.2025

A Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou um recurso ao Supremo Tribunal Federal (STF) para limitar a decisão da Corte que ampliou o foro por prerrogativa de função, nome técnico do foro privilegiado para deputados federais e senadores.

Em março deste ano, o Supremo decidiu que o processo contra um político pode continuar na Corte mesmo após o fim do mandato.


Pelo entendimento, o foro privilegiado de um político fica mantido no STF se o crime tiver sido cometido durante o exercício da função de parlamentar. A regra se aplica aos casos de renúncia, não reeleição ou cassação.

Na manifestação enviada ao STF na terça-feira (5), o procurador-geral da República, Paulo Gonet, diz que a decisão não pode ser aplicada de forma automática e irrestrita a todos os processos.


Para o procurador, a decisão não deve valer para ações penais que já estão em fase final. Dessa forma, esses processos devem permanecer nas instâncias inferiores em que tramitavam.

“As persecuções penais que já se encontravam com a instrução encerrada, com a abertura de prazo para apresentação de alegações finais, deverão permanecer sob a jurisdição dos órgãos que lhes vinham conferindo regular andamento, assegurando-se, assim, desfecho compatível com as garantias do devido processo legal”, defende Gonet.


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Na avaliação do procurador, a decisão do STF que ampliou o foro pode acarretar em “retrocesso investigativo”.

“Ao contrário do que se pretendia, a implementação automática e irrestrita da nova orientação tem reproduzido exatamente os efeitos deletérios que se buscava mitigar com a superação do entendimento anterior, ocasionando riscos concretos de retrocesso investigativo, morosidade e, em última análise, de inefetividade jurisdicional”, completou.


Apesar da manifestação da PGR, não há data para o julgamento do recurso.

Fim do foro

A pauta sobre mudanças no foro privilegiado voltou à tona nesta semana após parlamentares que apoiam Jair Bolsonaro iniciarem articulações políticas pela aprovação de alterações nas regras de julgamentos do STF para retirar o processo do 8 de janeiro da Corte e impedir o julgamento do ex-presidente.

No STF, Bolsonaro é um dos réus do núcleo 1 da ação penal de tentativa de golpe. O processo está na fase final, faltando apenas a entrega das alegações finais das defesas, que ocorrerá na próxima semana. O julgamento deve ocorrer em setembro.

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