'PL deve chegar a 68 deputados', diz Bia Kicis em filiação
Neste sábado, parlamentares deixaram o União Brasil e se filiaram ao partido do presidente Jair Bolsonaro
Brasília|Mariana Londres e Jéssica Moura, do R7, em Brasília
Na manha deste sábado (19), deputados federais deixaram o União Brasil e se filiaram ao PL, partido do presidente Jair Bolsonaro. Entre eles, além do filho, Eduardo Bolsonaro, estava também Bia Kicis. A parlamentar estima que, com as trocas, a bancada da legenda na Câmara tem potencial para chegar a 68 integrantes.
"O PL hoje já é a maior bancada. O União que começou grande, já perdeu acho que mais de 20. O PL deve chegar a 68 (deputados). O que a gente espera, é que com as próximas eleições, o PL possa se firmar como a maior bancada, a mais forte da Câmara", disse Kicis em entrevista a jornalistas na saída da cerimônia de filiação em Brasília. Bolsonaro esteve no evento.
Com isso, a sigla superaria o União-Brasil, partido oriundo da fusão entre DEM e PSL, e que chegou a acumular 81 deputados federais. No balanço mais recebte, tinha 61, e o PL, 59, mas os números devem se alterar com a as mudanças mais recentes.
Com a abertura da janela partidária, em 1º de março, tem sofrido sucessivas baixas: parte dos bolsonaristas remanescentes têm migrado para o PL. Entre os recém filiados estão integrantes do governo federal, como o secretário da Pesca, Jorge Seif e o Assessor Especial do Presidente, o tenente Mosart Aragão.
"Foco da minha camapanha é lutar pelas liberdades de expressão, pela família, pró-vida, para mudar o Estatuto do Desarmamento, para que o voto seja soberano", afirmou Kicis.
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Perguntada sobre se considerava ser uma contradição integrar o partido presidido por Valdemar da Costa Neto, condenado no âmbito do escândalo do mensalão, Bia Kicis afirmou que não há "constrangimento algum".
"Nós não temos um partido ideal, não temos um partido conservador, tentamos muito criar o Aliança pelo Brasil. O nosso sistema eleitoral reduziu muito a capacidade de escolha de partidos. Hoje em dia todo mundo precisa de um partido que seja estruturado, forte. Não existe partido perfeito", ponderou.
Telegram
Ela ainda criticou a decisão do ministro Alexandre de Moraes, do STF (Supremo Tribunal Federal) que determinou a suspensão do aplicativo Telegram no Brasil. O aplicativo concentra grupos e canais bolsonaristas.
"Temos muitos problemas (no sistema eleitoral). Um deles, por exemplo, agora, é a censura aos conservadores. Se você quer um sistema limpo, com eleições limpas, você primeiramente precisa ter liberdade de expressão, não ter nenhum cerceamento ao debate".