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R7 Brasília

Plano para matar Lula e Moraes foi impresso no Planalto e levado ao Alvorada, diz PF

Corporação destaca que ação foi feita por Mário Fernandes, que atuou como ministro interino da Secretaria-Geral da gestão Bolsonaro

Brasília|Plínio Aguiar, do R7, em Brasília

Mário Fernandes com Jair Bolsonaro no Palácio do Planalto Eduardo Menezes/Secretaria-Geral - 27.06.2022

O plano elaborado por militares para matar Luiz Inácio Lula da Silva, Geraldo Alckmin e Alexandre de Mores foi impresso pelo general Mário Fernandes no Palácio do Planalto, no dia 9 de novembro de 2022, e levado posteriormente ao Palácio da Alvorada. A informação consta em relatório da PF (Polícia Federal), que desencadeou em uma operação realizada na manhã desta terça-feira (19). O grupo criminoso é formado, em sua maioria, por militares do Exército.

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“A investigação, mediante diligências probatórias, identificou que o documento contendo o planejamento operacional denominado ‘Punhal verde amarelo’ foi impresso pelo investigado Mário Fernandes no Palácio do Planalto, no dia 09/11/2022 e posteriormente levado até o palácio do Alvorada, local de residência do presidente da República, Jair Bolsonaro”, diz trecho do documento da PF. A impressora está localizada no gabinete da Secretaria-Geral.

O documento aponta que Lula era chamado de Jeca e Alckmin, Joca. O plano tinha “demandas de reconhecimento operacional, preparação e condução da ação, demandas de pessoal e condições de execução”. Além disso, o órgão cita que o material foi novamente impresso, em 6 de dezembro – data na qual Rafael Martins de Oliveira e Mauro César Cid estavam conectados em redes que atendem o Palácio do Planalto, momento em que Bolsonaro se encontrava no local.

Os militares presos na operação são: tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira, tenente-coronel Rodrigo Bezerra Azevedo, tenente-coronel Hélio Ferreira Lima, o policial federal Wladimir Matos Soares, além de Fernandes. Neste momento, os agentes estão na Superintendência da PF no Rio de Janeiro. O Exército busca informações sobre a prisão dos suspeitos para decidir para quais batalhões serão encaminhados, uma vez que não pode ter contato entre os investigados.


Ao todo, são cinco mandados de prisão preventiva, três mandados de busca e apreensão e 15 medidas cautelares, que incluem a proibição de manter contato com os demais investigados, a proibição de se ausentar do país, com entrega de passaportes em 24 horas, e a suspensão do exercício das funções públicas. Os mandados são cumpridos no Rio de Janeiro, Goiás, Amazonas e Distrito Federal. Em tese, os crimes cometidos são abolição violenta do Estado democrático de direito, golpe de Estado e organização criminosa, segundo a corporação.

O plano foi encontrado pela PF na casa do general do Exército Mario Fernandes, ex-assessor do ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello, e ex-ministro interino da Secretaria-Geral da Presidência da República da gestão de Jair Bolsonaro (PL). Os militares planejavam matar o presidente da República com bomba ou envenenamento. O documento cita a “vulnerabilidade de saúde” do petista e ida frequentes a hospitais.

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