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Polícia Civil apreende adolescente que ameaçou fazer massacre em escolas do DF

Em contas criadas nas redes sociais, o suspeito postava mensagens intimidatórias contra centros de ensino de Sobradinho

Brasília|Renato Souza, do R7, em Brasília

Fachada da 13ª DP, em Sobradinho (DF)
Fachada da 13ª DP, em Sobradinho (DF)

A Polícia Civil do Distrito Federal apreendeu na noite de terça-feira (29) um adolescente de 16 anos que ameaçou, pelas redes sociais, cometer um massacre em duas escolas da região administrativa de Sobradinho (DF). De acordo com as investigações, ele publicou diversas mensagens em uma rede social dizendo que realizaria o atentado.

Ao ser abordado pela polícia, em casa, o adolescente afirmou que apenas queria "brincar e que não possuía interesse em levar a efeito as ameaças". Nas mensagens publicadas na internet, o jovem chegava a descrever grupos específicos de uma das escolas que seriam alvos do ataque.

"Só vou parar quando eu decepar a cabeça de muitos no CEF 04", dizia uma das mensagens. O adolescente é ex-aluno de uma das escolas que foram alvos das ameaças, mas abandonou os estudos.

A Polícia Civil ressaltou que a apreensão ocorreu apenas duas horas após as publicações, sem que houvesse tempo do cometimento de nenhum ataque.


Ataques a escolas no Espírito Santo

Na última semana, outro adolescente invadiu duas escolas em Aracruz (ES), matou quatro pessoas e deixou outras 12 feridas. O caso é investigado pela polícia do Espírito Santo, que busca entender se o jovem teve ajuda para o massacre, como ele teve acesso às armas e ferramentas, como um alicate para cortar cadeado, e sua motivação, entre outras questões.

O adolescente usou uma pistola .40 e um revólver calibre 38 pertencentes ao pai, que é policial. Após o ataque, o servidor foi afastado de suas funções na Polícia Militar do Espírito Santo.


Uma das armas era pessoal e a outra, cedida pela corporação. Em entrevista à Record TV, o pai afirmou que o ataque surpreendeu a família e que o rapaz nunca tinha pegado suas armas. 

Tanto o jovem, em depoimento, como os pais afirmam que ele foi alvo de bullying no passado. O adolescente disse ainda que queria se vingar. No entanto, a polícia ainda investiga se essa foi realmente a motivação do crime.

Entre os vários aspectos analisados estão a saúde mental do jovem e sua possível ligação com pessoas e grupos que tenham incentivado a realização do massacre. Para isso, investigadores analisam mensagens trocadas pelo atirador por celular e computador e outras possíveis relações que ele tenha pela internet com grupos neonazistas.

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