Polícia Civil já prendeu oito pessoas por suspeita de incêndio criminoso no DF
Suspeitos podem pegar até oito anos de prisão; desde domingo um incêndio atinge o Parque Nacional de Brasília
Brasília|Do R7, em Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal já prendeu oito pessoas por suspeita de incêndios criminosos em áreas florestais na capital do país. Ao todo, os agentes conduzem seis inquéritos. A última prisão foi na quinta-feira (19) no Núcleo Rural Nova Vitória, em São Sebastião, onde dois homens estavam ateando fogo à vegetação. Os policiais conseguiram impedir que as chamas se espalhassem e os homens foram presos em flagrante. Caso condenados, podem pegar até oito anos de prisão.
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Delegado e coordenador da Cepema (Coordenação Especial de Proteção ao Meio Ambiente, à Ordem Urbanística e ao Animal), João Maciel Claro, disse que o objetivo é reprimir os diversos incêndios criminosos do DF. “A Polícia Civil está tratando todos os casos de incêndio como dolo eventual [quando há intenção], pois a pessoa que coloca fogo no período de seca está assumindo o risco de ter um incêndio de grandes proporções”, avalia o delegado.
Equipes do governo do DF também impediram outros três incêndios de começarem no DF.
Servidores do Brasilia Ambiental encontraram um sistema de ignição no Parque Nacional de Brasília; focos iniciais de incêndio no Parque Ecológico Saburo Onoyama, em Taguatinga; e ambiente com vestígios de preparo para fogo no Parque Ecológico Ezechias Heringer, no Guará. Os prováveis autores ainda não foram identificados, mas todas as situações foram desarticuladas.
Outras prisões
As prisões de incendiários tiveram início no DF na semana passada. Na sexta-feira (13), a Polícia Rodoviária Federal prendeu um homem suspeito de atear fogo na área de Cerrado do Recanto das Emas. Ele também foi denunciado por um morador da região.
Na terça-feira (17), um jovem de 19 anos foi preso pela Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) sob a suspeita de autoria do fogo que atingiu o Parque Burle Marx, no Noroeste. Ele foi levado à 5ª Delegacia de Polícia (DP), na Asa Norte. A detenção ocorreu após uma denúncia pelo 190.
Na quarta-feira (18) foi deflagrada a primeira fase da Operação Curupira com a prisão de um homem de 50 anos acusado de atear fogo no Lago Oeste. O incêndio se alastrou por um território de aproximadamente 200 mil metros quadrados e, por esse motivo, ele pode ter uma pena aumentada em até 13 anos.
Também na quarta, a PMDF prendeu dois homens em flagrante por atear fogo em uma área de mata na marginal da BR-020, próximo ao Ribeirão Sobradinho.
Como denunciar
A vice-governadora do Distrito Federal, Celina Leão, pede ajuda da população para denunciar os casos de incêndio florestal. Os cidadãos devem entrar em contato imediatamente com o número 193, o canal de emergência do Corpo de Bombeiros.
Durante a ligação, é necessário passar informações como a localização exata do fato e as proporções das chamas e, se possível, relatos sobre as condições de acesso ao local e sobre a presença de suspeitos de autoria do crime. De acordo com o artigo 41 da Lei 9.605/98, provocar incêndio em mata ou floresta é tipificado como crime ambiental.
Telefones para informar incêndios florestais
- 193 (Corpo de Bombeiros); e
- (61) 9224-7202 (Instituto Brasília Ambiental)
Informações sobre autores de incêndios florestais
- 190 (Polícia Militar); e
- 197 (Polícia Civil)