Polícia de GO busca homem que matou mulher, enteada e vizinho
A mulher de Wanderson Mota Protacio estava grávida; a enteada tinha 1 ano e 8 meses
Brasília|Luiz Calcagno, do R7, em Brasília
As forças de segurança de Goiás passaram a tarde desta terça-feira (30) sobrevoando a área de cerrado onde está escondido o caseiro Wanderson Mota Protacio. Ele é suspeito de matar a mulher, Raniere Figueiró, de 19 anos, que estava grávida, e a filha dela, Geisa, de apenas 1 ano e 8 meses, além de um homem em uma chácara vizinha, na zona rural de Corumbá de Goiás (GO).
Homens da Polícia Civil e da Polícia Militar do Estado, além de agentes da Polícia Rodoviária Federal, seguem no encalço de Wanderson, com equipes em veículos terrestres e helicópteros. O fugitivo é comparado ao assassino em série Lázaro Barbosa, que fez vítimas no Distrito Federal e em Goiás e conseguiu se esquivar da polícia por vários dias.
Wanderson começou a série de assassinatos na própria casa, matando, a facadas, Raniere e Geisa. Depois, ele invadiu a chácara do patrão e roubou uma arma de fogo. Na sequência, entrou em uma propriedade vizinha, executou o fazendeiro Roberto Clemente Matos com um tiro na nuca e ainda tentou estuprar a mulher da vítima.
Ela conseguiu se desvencilhar, foi baleada e escapou após fingir-se de morta. Um tio de Raniere falou com a reportagem da Record TV. Odair José disse que o agressor nunca tinha se mostrado violento com a família, e que parentes se surpreenderam ao descobrir que ele já tinha sido preso por um homicídio em 2019, mas estava solto.
A mulher e a filha dela, enteada do criminoso, foram veladas em Corumbá de Goiás. “Peço a todas as autoridades que consigam manter esse bandido preso, peço à população que nos ajude, e nesse momento vai ser muito importante, é um momento de tristeza para todos. É uma revolta muito grande”, admitiu Odair.
“A gente pensa que não acontece na família da gente e hoje estamos passando por isso. Ranieri era uma pessoa muito querida. A neném, nem tem comparação. Era uma criança. Ia fazer 3 anos. Eu, como tio, não tinha proximidade com o Wanderson. Em termos de pessoa, ele, aparentemente, era muito doce [com a mulher]. Peço a Deus, às autoridades e à população que nos ajude a manter ele atrás das grades. Nós queremos justiça”, revoltou-se.