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R7 Brasília

Polícia de Goiás indicia modelo que teria matado marido em motel por roubo e posse de drogas

Homicídio é investigado pela Polícia Civil do Distrito Federal; crime foi cometido no Núcleo Bandeirante

Brasília|Josiane Ricardo, da Record TV

A modelo Marcella Ellen Paiva Martins, de 31 anos, em uma sessão de fotos
A modelo Marcella Ellen Paiva Martins, de 31 anos, em uma sessão de fotos

A Polícia Civil de Goiás indiciou Marcella Ellen Paiva Martins, de 31 anos, pelos crimes de roubo e posse de drogas para consumo pessoal. Se condenada, a modelo pode pegar até dez anos de prisão e receber multa, além de ter de prestar serviços à comunidade.

Segundo os investigadores, logo depois de matar o noivo, o empresário Jordan Guimarães Lombardi, de 39 anos, em um motel do Núcleo Bandeirante, no Distrito Federal, Marcella fugiu, rumo ao estado de Goiás, no carro do casal, avaliado em mais de R$ 400 mil. No caminho, o veículo foi bloqueado pelo sistema de segurança, já que a localização não fazia parte da rota programada. A pé e armada, ela abordou e ameaçou motoristas que passavam pela estrada durante a tentativa de fuga.

Quem investiga a morte de Jordan é a Polícia Civil do Distrito Federal, que já instaurou inquérito. Marcella segue detida no presídio feminino de Barro Alto (GO), mas deve ser transferida para a capital do país nos próximos dias. Ela foi presa em flagrante em 9 de novembro, em um posto de combustível em Cocalzinho de Goiás (GO).

Investigações

Enquanto Marcella não é transferida para o Distrito Federal, a 11ª Delegacia de Polícia Civil, no Núcleo Bandeirante, ouve testemunhas. A Record TV teve acesso, com exclusividade, ao depoimento da gerente do motel onde o crime ocorreu.


A mulher contou à polícia que Marcella e Jordan se hospedaram no local em 7 de novembro, por volta das 16h50. No mesmo dia, a gerência já foi alertada sobre gritos e brigas na suíte do casal. Segundo o depoimento, o motel teria entrado em contato com os noivos, que teriam dito que estava tudo bem.

A gerente ainda confirmou a entrada de uma terceira pessoa no quarto em que o casal estava. Supostamente era o garoto de programa contratado por Marcella, que saiu do local poucos minutos depois. A mulher ainda disse aos policiais que, em uma dessas brigas, ouviu uma discussão entre Jordan e Marcella sobre o noivo não ter gostado do garoto de programa contratado por ela.


O homem também foi já foi ouvido pela polícia e, inclusive, apresentou aos investigadores um comprovante de pagamento no valor de R$ 5.000 feito em nome de Jordan via Pix.

A investigação pretende esclarecer as circunstâncias do homicídio e se há mais envolvidos no crime. Além disso, a polícia quer saber a origem da arma que foi usada para matar Jordan.


Tanto na delegacia como na audiência de custódia, Marcella alegou legítima defesa. Ela

contou que atirou de olhos fechados depois de apanhar do noivo.

Exames

De acordo com a defesa da modelo, ela deve sair do presídio nesta quinta-feira (24) para fazer exames na cabeça. Depois de alegar fortes dores, Marcella irá até uma clínica particular em um município vizinho de Barro Alto realizar uma tomografia e uma ressonância no crânio.

A modelo, que também é bacharel em direito, disse à polícia que tem um tumor nessa região. "Assim que tivermos o resultado desses exames e o laudo médico, vamos entrar com um pedido de relaxamento de prisão, já que o sistema penitenciário não é um local adequado para o tratamento da doença", afirmou Johnny Cleik Rocha da Silva, advogado de Marcella.

Brigas

Um dos motivos das brigas constantes entre os noivos, segundo a defesa da mulher, era uma filha que o homem tinha com a primeira esposa. De acordo com Marcella, a criança, de 5 anos, era estuprada pelo padrasto, e Jordan não teria feito nada para resolver o problema. Em depoimento à polícia, o garoto de programa confirmou que ouviu o casal brigar por conta dessa criança.

Em entrevista ao Domingo Espetacular, a defesa da ex-mulher da vítima negou as acusações de Marcella sobre o suposto estupro que a filha de Jordan teria sofrido na casa da mãe. Ainda segundo a defesa, a criança nunca ficou sozinha com nenhum adulto do sexo masculino.

O caso

Marcella e Jordan moravam em São Paulo e estavam com o casamento marcado. Eles chegaram a Brasília na segunda-feira (7) para acertar os detalhes da cerimônia, já que a família da noiva mora na capital federal. O casal viajou de carro. Segundo a modelo, os dois consumiram diversas drogas até chegar ao motel, onde ficaram hospedados por dois dias.

Marcella foi presa em flagrante na última quarta-feira (9) no distrito de Edilândia, em Cocalzinho de Goiás (GO), que fica a cerca de 130 quilômetros de Brasília, depois de supostamente atirar no rosto de Jordan. O empresário morreu na hora, e a modelo fugiu com o carro do casal sem pagar a conta do motel.

Pouco antes da prisão, o veículo foi bloqueado pelo sistema de segurança, já que a localização do carro não fazia parte da rota programa. Na fuga, a modelo levou apenas a bolsa e a arma usada no crime. Completamente nua, Marcella teria descido do carro e, para tentar ir embora, abordado motoristas que passavam pela BR-070 e roubado uma Kombi. O veículo acabou não dando partida. Um dos motoristas abordados levou a suspeita até um posto de gasolina e a polícia foi chamada.

Na delegacia, Marcella confessou que matou o noivo e alegou legítima defesa. Na última quinta-feira (10), ela passou por audiência de custódia, em que teve a prisão preventiva decretada.

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