Polícia faz buscas em operação que apura lavagem de dinheiro em instituto de previdência do DF
Os alvos foram afastados do cargo público e estão proibidos de se aproximar do Iprev-DF; pena pode chegar a 13 anos de prisão
Brasília|Rafaela Soares, do R7, em Brasília
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) e a Polícia Civil do DF (PCDF) cumprem nesta quarta-feira (4) quatro mandados de busca e apreensão na casa de investigados por suposta participação em um esquema de lavagem de dinheiro no Instituto de Previdência dos Servidores do Distrito Federal (Iprev). Os alvos foram afastados do cargo público e estão proibidos de se aproximar do instituto.
Os agentes encontraram indícios de que os suspeitos teriam utilizado contas jurídicas para pagar despesas pessoais de réus envolvidos na primeira fase das investigações, deflagrada em 9 de fevereiro de 2023.
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Segundo as autoridades, as buscas têm como objetivo a consolidação de elementos para a conclusão do inquérito, além do ressarcimento aos cofres públicos.
Os alvos da segunda fase da “Operação Imprevidentes” não tiveram os nomes divulgados e são investigados por associação criminosa e lavagem de bens. Caso condenados, a pena pode chegar a 13 anos de prisão.
O R7 entrou em contato com o Iprev e o Governo do Distrito Federal e aguarda respostas.
A primeira fase
As investigações começaram em 2021 para apurar supostas irregularidades no credenciamento de fundos de investimentos de instituições financeiras. Em fevereiro, os agentes realizaram buscas no DF, em São Paulo e em Teresina (PI), além da sede do Iprev.
A suspeita que é houve o suposto favorecimento de uma empresa com sede em São Paulo durante o processo. A PCDF e o MPDFT afirmam que existe um indicativo de incompatibilidade entre o padrão de vida e os vencimentos percebidos pelos agentes públicos investigados.
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“São fortes os indícios do envolvimento de um dos sócios da empresa de investimentos com os servidores públicos, corroborando a hipótese investigativa de que os gestores do Iprev agiram em união de esforços para favorecer a destinação de recursos para os fundos de investimento representados pela empresa investigada, recebendo, como retribuição, vantagens indevidas pagas em espécie pelo responsável por ela.”
Os alvos da primeira fase da operação estão sendo investigados pela possível prática de crimes de corrupção passiva, corrupção ativa e lavagem de bens, direitos e valores. Caso condenados, podem pegar até 22 anos de prisão.