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Polícia Federal acha em celular de Mauro Cid instruções para golpe de Estado

Documento detalhava o passo a passo para que as Forças Armadas assumissem o comando do país após a vitória de Lula nas eleições

Brasília|Augusto Fernandes e Gabriela Coelho, do R7, em Brasília

Documento no celular de Cid pedia novas eleições
Documento no celular de Cid pedia novas eleições Documento no celular de Cid pedia novas eleições

A Polícia Federal encontrou no celular do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), um documento que apresentava o roteiro para um golpe de Estado no país após o resultado das eleições presidenciais do ano passado. A informação foi confirmada por fontes ao R7.

O texto detalhava uma série de etapas que deveriam ser cumpridas para que as Forças Armadas assumissem o comando do país. A Polícia Federal achou o arquivo em conversas de Mauro Cid com um oficial das Forças Armadas, o coronel Jean Lawand Junior, após a vitória do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Entre os pontos listados estava a nomeação de um interventor e o afastamento e a abertura de investigações contra ministros do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O documento também pedia para que fosse fixado um prazo para a realização de novas eleições. 

Esse arquivo é diferente da minuta de golpe encontrada na casa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Anderson Torres, que tinha como objetivo decretar Estado de defesa no TSE a fim de tentar mudar o resultado da eleição presidencial do ano passado. Mauro Cid também tinha essa minuta no celular dele.

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Por meio de nota, o Exército informou que "eventuais condutas individuais julgadas irregulares serão tratadas no âmbito judicial, observando o devido processo legal" e que "na esfera administrativa as medidas cabíveis já estão sendo adotadas no âmbito da Força".

Além disso, a organização disse que "opiniões e comentários pessoais não representam o pensamento da cadeia de comando do Exército Brasileiro e tampouco o posicionamento oficial da Força [...] Como instituição de estado, apartidária, o Exército prima sempre pela legalidade e pelo respeito aos preceitos constitucionais".

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