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R7 Brasília

PF pede quebra de sigilos bancário e fiscal de Jair Bolsonaro ao STF

A Polícia Federal quer saber o destino e a origem do dinheiro do ex-presidente para apurar sua relação com a venda das joias sauditas

Brasília|Natália Martins, da Record TV, e R7, em Brasília

Joias dadas a Bolsonaro valem R$ 5,1 milhões, diz PF
Joias dadas a Bolsonaro valem R$ 5,1 milhões, diz PF

A Polícia Federal solicitou nesta sexta-feira (11) ao Supremo Tribunal Federal (STF) a quebra dos sigilos fiscal e bancário do ex-presidente Jair Bolsonaro. De acordo com a apuração da Record TV, o objetivo do pedido é saber se o dinheiro das joias sauditas chegou a Bolsonaro e se o valor da recompra de alguns itens saiu da conta dele, já que o destino e a origem podem evidenciar lavagem de dinheiro.

O pedido vem na esteira da operação da PF de busca e apreensão no caso das joias, que teve como um dos alvos o pai do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro Mauro Cid. Além do general Mauro César Lourena Cid, o tenente do Exército Osmar Crivelatti e o ex-advogado da família Bolsonaro Frederick Wassef são investigados.

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A PF identificou o rosto do general Lourena Cid no reflexo de uma foto(veja a imagem abaixo) utilizada para negociar, nos Estados Unidos, esculturas recebidas como presente oficial. A imagem foi anexada ao documento de decisão do ministro Alexande de Moraes, do STF.

Rosto do pai de Mauro Cid em reflexo de caixa
Rosto do pai de Mauro Cid em reflexo de caixa

Os três são suspeitos de ter vendido joias e presentes oficiais recebidos pelo ex-presidente. De acordo com a PF, eles teriam utilizado "a estrutura do Estado brasileiro para desviar bens de alto valor patrimonial, entregues por autoridades estrangeiras em missões oficiais a representantes do Estado, por meio da venda desses itens no exterior".

Além da proximidade com a família do ex-presidente, Lourena Cid ocupou importantes cargos no Exército brasileiro antes de ser transferido para a reserva, em 2019. Um relatório do Conselho de Controle de Atividades Financeiras (Coaf) que chegou à CPMI do 8 de Janeiro informa que o general e a esposa — pais do tenente-coronel Mauro Cid — movimentaram cerca de R$ 2,5 milhões em transações atípicas em um período de 15 meses.

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