Vândalos nos protestos do 8 de Janeiro, em Brasília
Joedson Alves/Agência Brasil - 8.1.2023A Polícia Federal prendeu na operação Lesa Pátria, na noite de quinta-feira (20) em Campos dos Goytacazes, no Rio de Janeiro, o comerciante Diego Ventura, apontado como um dos chefes da invasão ao Supremo Tribunal Federal (STF) nos protestos do 8 de Janeiro em Brasília. Ele teve a prisão preventiva determinada pelo ministro Alexandre de Moraes.
Ventura foi preso no curso da Operação Lesa Pátria, que teve início ainda no dia 20 de janeiro e busca identificar pessoas que participaram dos atos extremistas que culminaram na depredação das sedes dos Três Poderes, incluindo financiadores.
Segundo a PF, os fatos investigados constituem, em tese, os crimes de abolição violenta do Estado democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado, associação criminosa, incitação ao crime, destruição e deterioração ou inutilização de bem especialmente protegido.
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As denúncias fazem parte de vários inquéritos que tramitam na Corte. Um deles apura o planejamento e a responsabilidade intelectual das invasões. Outro investiga os participantes que não foram presos em flagrante durante os atos extremistas.
Ao todo, a Procuradoria-Geral da República (PGR) apresentou 1.390 denúncias ao STF. Uma vez recebidas, agora serão instauradas as ações penais. Os processos deverão ter seguimento com a fase de coleta de provas, que inclui o depoimento das testemunhas de defesa e de acusação. Depois, o STF vai julgar se condena ou absolve os acusados, o que não tem prazo específico para ocorrer.
Em junho, o ministro Alexandre de Moraes afirmou que em seis meses vai concluir, ao menos, 250 processos que contemplam os crimes mais graves relacionados aos ataques do 8 de Janeiro.