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Polícia Federal prende mulher suspeita de liderar invasores de terras indígenas no Pará

Lauanda Peixoto Guimarães é investigada por incitar crimes de invasão, desobediência à Justiça e invasão e exploração econômica

Brasília|Renata Varandas, da Record, e Carlos Eduardo Bafutto, do R7, em Brasília

PF prendeu suspeita de invadir reservas indígenas
PF prendeu suspeita de invadir reservas indígenas

A Polícia Federal prendeu nesta terça-feira (14) Lauanda Peixoto Guimarães, suspeita de ser uma das principais lideranças dos invasores das terras indígenas do povo parakanã, em São Félix do Xingu, no sudeste do Pará. 

Em um áudio obtido pela Record RV, Lauanda diz que seria fácil matar policiais envenenando alimentos. "É assim mesmo. Na operação de 2021, eles [os policiais] carregaram farinha, carne enlatada... Eles é facinho [sic] de morrer envenenado. [...] É muito fácil. Deixa as comidas ali separadinhas, tudo envenenada. Pensa nuns mortos de fome. A gente chega para fazer hora e [inaudível] pronto, um corpo estendido no chão, um punhado", fala ela na gravação. 

A prisão ocorreu na operação de desintrusão das terras dos povos apyterewa e trincheira bacajá. A ação de desintrusão é a retirada dos não indígenas que, ocupando parte das terras homologadas, representam ameaça aos povos originários e à floresta.

Lauanda foi encaminhada para o Presídio Feminino de Marabá. O R7 tenta contato com a defesa dela. Segundo a PF, a suspeita é investigada por incitação aos crimes de invasão, desobediência a ordens judiciais e invasão e exploração econômica.


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Ainda de acordo com a PF, Lauanda já foi denunciada pelo Ministério Público Federal (MPF) por ter organizado e realizado, em 2020, ataques contra agentes da Fundação Nacional do Índio (Funai) e do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente (Ibama).

A corporação informou também que, em 2021, durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão, Lauanda foi presa em flagrante pelos crimes de posse ilegal de arma de fogo, posse irregular de minério, manter em cativeiro animal silvestre e por conduzir uma farmácia e um posto de combustíveis no interior da terra indígena.

Além disso, Lauanda e o marido respondem no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás pelo crime de concussão, por terem exigido o pagamento de R$ 30 mil mensais ao prefeito da cidade de Alto Horizonte (GO) em troca de “governabilidade tranquila”. A solicitação, segundo a PF, teria sido feita com intimidação ao prefeito. Na ocasião, Lauanda, que tinha sido eleita em 2016 para o cargo de vereadora no município de Alto Horizonte, teve o mandato cassado.

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