Polícia investiga dez lojas que vendiam armas ilegais no DF
Agentes cumpriram nesta terça 27 mandados de busca e apreensão; investigação aponta envolvimento de policial militar
Brasília|Do R7, em Brasília
A Polícia Civil do Distrito Federal cumpriu na manhã desta terça-feira (19) 27 mandados de busca e apreensão contra um grupo que vendia armas de fogo ilegais e emitia notas fiscais falsas. A investigação aponta para a possível participação de um policial militar e o envolvimento de cerca de dez lojas.
A investigação começou em agosto de 2023, depois de um atirador desportivo (CAC) comprar uma arma em uma das lojas investigadas e não conseguir registrá-la no Exército. Na época, a força armada alertou que a nota fiscal era falsa, pois a arma, de valor médio de R$ 4 mil, estava lançada na nota com valor de R$ 1 mil. A vítima denunciou o caso à Polícia Civil e à Receita do DF, que confirmaram a falsificação.
Depois que o homem procurou a loja onde havia comprado o item para tentar uma solução, eles ofereceram uma arma com numeração raspada e caixas de munições para que a vítima desistisse da investigação do caso. Quando o CAC recusou, um dos responsáveis pela loja e um policial militar o ameaçaram de morte.
Os suspeitos são investigados por associação criminosa, falsidade ideológica, falsificação de documento, sonegação fiscal e comércio ilegal de armas de fogo e munições. Caso condenados, podem pegar 20 anos de prisão.