Polícia prende grupo que desviou R$ 18 milhões de bancos digitais
Agentes das polícias Federal e Civil cumprem 43 mandados de busca e apreensão na manhã desta terça-feira (2)
Brasília|Clarissa Lemgruber, do R7, em Brasília
A Polícia Federal deflagrou na manhã desta terça-feira (2) uma operação para desarticular esquemas de fraudes em contas em bancos digitais. A ação tem apoio das polícias civis do Distrito Federal e de São Paulo.
Os agentes cumprem 43 mandados de busca e apreensão em 13 estados e no DF. Segundo a PF, o valor total de fraudes investigadas é de aproximadamente, R$ 18,1 milhões.
A operação, intitulada de “Não seja um Laranja”, envolve esforço cooperativo e integração com as polícias civis e as instituições bancárias, por meio da Federação Brasileira de Bancos (Febraban).
Os suspeitos podem responder pelos crimes de associação criminosa, furto qualificado mediante fraude, uso de documento falso e falsidade ideológica. As penas podem chegar a mais de 20 anos de prisão.
Distrito Federal
No DF, os agentes cumpriram quatro mandados de busca e apreensão em residências nas regiões de Vicente Pires, Jardim Mangueiral, Gama e Recanto das Emas. Segundo as investigações, os suspeitos de participarem do esquema teriam recebido aproximadamente R$ 300 mil. O valor foi subtraído de contas bancárias pertencentes a pessoas físicas residentes nos Estados de Minas Gerais, Recife.
Nas buscas, foram apreendidos diversos cartões bancários, documentos, aparelhos celulares e computadores.
Aumento considerável
De acordo com a PF, nos últimos anos, houve um "aumento considerável" na participação consciente de pessoas físicas em esquemas criminosos. Esses suspeitos "emprestam" as contas bancárias e, em troca, recebem parte do dinheiro ilícito.
A corporação afirma ainda que a participação dessas pessoas "possibilita a ocorrência de fraudes bancárias eletrônicas que vitimam inúmeros cidadãos".
"A Polícia Federal alerta a sociedade que emprestar contas bancárias para receber créditos fraudulentos é crime, além de provocar um dano considerável aos cidadãos, quer pelo potencial ofensivo deste tipo de conduta delitiva, a qual tem sido um dos principais vetores de financiamento de organizações criminosas, como também pelos prejuízos financeiros a milhares de brasileiros", diz a corporação, em nota.