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Polícia reconhece falhas em relatório de vistoria na casa de Bolsonaro

Secretaria de Administração Penitenciária afirma, contudo, que problemas não comprometeram o monitoramento na residência

Brasília|Da Agência Brasil

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LEIA AQUI O RESUMO DA NOTÍCIA

  • A Seap admitiu falhas no relatório de monitoramento da casa de Jair Bolsonaro.
  • Foram identificados problemas na identificação de seguranças que saíram e retornaram ao imóvel durante as vistorias.
  • Não houve menção de que apenas seguranças estavam nos veículos durante uma saída específica, e imagens da inspeção não foram inicialmente fornecidas.
  • A Seap afirma que as falhas não comprometeram a eficácia das vistorias realizadas na residência de Bolsonaro.

Produzido pela Ri7a - a Inteligência Artificial do R7

Agente responsável por vigilância solicitou a condomínio imagens de câmeras Bruno Peres/Agência Brasil

A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal) enviou, nesta quarta-feira (24), as explicações solicitadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, sobre possíveis falhas no monitoramento da casa do ex-presidente Jair Bolsonaro, que cumpre prisão domiciliar.

Na sexta-feira (19), Moraes pediu ao órgão, responsável pela Polícia Penal, o envio de informações detalhadas sobre a entrada e a saída de veículos no dia 12 de setembro, um dia após a condenação de Bolsonaro a 27 anos e três meses de prisão pela Corte.


O ministro cobrou explicações sobre duas vistorias feitas às 13h16 e às 16h22. Ao determinar a prisão domiciliar de Bolsonaro, Moraes estabeleceu que todos os carros da residência e de visitantes deveriam ser inspecionados pelos policiais penais responsáveis pelo monitoramento do ex-presidente.

A secretaria reconheceu que dois seguranças de Bolsonaro saíram do imóvel às 13h16, em um Jeep Compass, e foram identificados no relatório de entradas e saídas somente como “pessoas”, e não com seus nomes. Os seguranças deixaram a residência e retornaram dez minutos depois com uma terceira pessoa, que se tratava de mais um segurança.


Sobre a falha de identificação ocorrida às 16h22, os agentes reconheceram que o veículo saiu novamente da casa e não houve menção de que apenas os seguranças estavam no automóvel. Além disso, não foram feitas imagens da inspeção.

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O órgão relatou que um agente responsável pelo monitoramento precisou comparecer à administração do Condomínio Solar de Brasília, onde Bolsonaro mora, para obter as imagens.


“Sobre esta imagem, ressalta-se que o condomínio não a disponibilizou de imediato, informando que consultaria seu setor jurídico e, posteriormente, entraria em contato para fornecê-la”, disse o órgão.

No entendimento da Seap, as falhas de identificação não comprometeram a realização das vistorias na casa de Bolsonaro.


“A ausência de identificação nominal nos eventos mencionados não comprometeu o objetivo principal da vistoria veicular, havendo apenas a não indicação dos passageiros e do condutor, os quais foram devidamente informados no relatório ora apresentado. Salienta-se que os membros da equipe de monitoramento informaram os motivos do erro material do relatório”, declarou ao STF.

Desde o dia 4 de agosto, Bolsonaro cumpre prisão domiciliar por determinação do ministro Alexandre de Moraes. A medida foi decretada no inquérito que apura a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), que está nos Estados Unidos, na aplicação da Lei Magnisky e outras sanções do governo norte-americano contra o Brasil.

Perguntas e Respostas

Quais falhas foram reconhecidas pela Seap no monitoramento da casa de Jair Bolsonaro?

A Seap (Secretaria de Administração Penitenciária do Distrito Federal) reconheceu falhas na identificação de seguranças que saíram da casa de Jair Bolsonaro durante vistorias. Os seguranças foram registrados apenas como “pessoas” no relatório, sem a menção de seus nomes.

O que o ministro Alexandre de Moraes solicitou à Seap?

O ministro Alexandre de Moraes pediu à Seap informações detalhadas sobre a entrada e saída de veículos na residência de Bolsonaro, especialmente no dia 12 de setembro, após a condenação do ex-presidente. Ele solicitou explicações sobre duas vistorias realizadas em horários específicos.

Como a Seap justificou as falhas de monitoramento?

A Seap afirmou que as falhas de identificação não comprometeram o objetivo principal das vistorias veiculares. Embora não tenham sido identificados nominalmente os passageiros e o condutor, a equipe de monitoramento informou os motivos do erro no relatório apresentado ao STF.

Qual foi a resposta da Seap sobre a falta de imagens das vistorias?

A Seap relatou que um agente precisou ir até a administração do Condomínio Solar de Brasília para obter as imagens das vistorias, pois o condomínio não as disponibilizou de imediato, alegando que consultaria seu setor jurídico antes de fornecer as imagens.

Desde quando Jair Bolsonaro está em prisão domiciliar e qual a razão?

Jair Bolsonaro cumpre prisão domiciliar desde o dia 4 de agosto, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, em um inquérito que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro na aplicação da Lei Magnitsky e outras sanções do governo dos Estados Unidos contra o Brasil.

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