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R7 Brasília

Polícias do DF e de SP desmontam grupo que aplicava golpe em idosos

Criminosos alegavam que cartão de crédito havia sido clonado e pediam dados bancários das vítimas. Três suspeitos estão foragidos

Brasília|Jéssica Moura, do R7, em Brasília

Associação criminosa dizia às vítimas que um motoboy iria recolher o cartão supostamente clonado para perícia
Associação criminosa dizia às vítimas que um motoboy iria recolher o cartão supostamente clonado para perícia

Agentes da Polícia Civil do Distrito Federal e de São Paulo deflagraram uma operação conjunta para desarticular uma quadrilha que aplicava o chamado "golpe do motoboy" contra idosos em diversas capitais do país. A investigação apontou que o grupo praticava crimes de furto de cartões de crédito mediante fraude, além de lavagem de dinheiro.

Na manhã desta quarta-feira (22), 10 mandados de busca e apreensão foram cumpridos no âmbito da Operação Trapped na capital paulista. Também foram expedidos pela Justiça três mandados de prisão preventiva contra suspeitos de integrar a associação criminosa: dois homens de 28 e 37 anos, e uma mulher de 28 anos. Todos estão foragidos.

A investigação começou em julho, depois que uma das vítimas, um idoso de 77 anos, morador do Lago Sul, denunciou o prejuízo de R$ 70 mil. Ao longo desses meses, a apuração identificou que os suspeitos de operar o esquema eram de São Paulo, mas atuavam em outros estados para driblar a polícia.

O golpe


A polícia ressaltou que os criminosos se valiam de estratégias de "engenharia social" para enganar as vítimas. Esse modo de operação consistia, segundo a polícia, em manipular os idosos para arrancar deles informações bancárias como senhas e número de cartões.

A abordagem começava com um telefonema: os criminosos ligavam para as vítimas e fingiam ser funcionários da central de segurança de bancos que precisavam confirmar uma susposta compra suspeita, que nunca existiu. Com isso, os idosos alegavam que não tinham feito a aquisição, e os estelionatários informavam que o cartão de crédito da vítima havia sido clonado.


Com isso, eles orientavam os idosos a ligar para a operadora do cartão de crédito para pedir o bloqueio. No entanto, os fraudadores permaneciam na linha quando a vítima desligava, e tentava telefonar para a central do cartão. Desse modo, a ligação caia de volta para eles, que se passavam pela empresa.

Nesse momento que eles pediam os dados referentes ao número do cartão e as senhas, e ainda informavam que um funcionário da operadora iria até a casa do idosos para recolher o cartão bloqueado para ser periciado. Quem ia até as residências, em geral, era um falso motoboy do banco. 

Assim, eles conseguiam acessar os valores nas contas das vítimas e faziam transferências de altos valores, usando máquinas de cartão registradas sob o CNPJ de empresas de fachada, ou no CPF de laranjas.

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