Pré-COP termina com discursos em prol da união entre países, mas sem compromissos de financiamento
Brasil defendeu alternativas como fundo de apoio a florestas e em defesa de oceanos; metas devem ser definidas em Belém
Brasília|Lis Cappi, do R7, em Brasília
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O evento de preparação para a COP30 chegou ao fim nesta terça-feira (14) com discursos pela união entre países e em defesa do multilateralismo. No entanto, não houve o anúncio de compromissos claros para alcançar as metas de financiamento ambiental.
Em entrevista a jornalistas, nesta terça-feira (14), a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, e a organização da conferência defenderam a cooperação internacional para combater a crise climática.
“Extremos climáticos exigem que governos e todos nós tenhamos que agir global e localmente. A mudança do clima não tem fronteira. Fenômenos extremos, chuvas torrenciais, não fazem nenhuma diferença em relação à fronteira Brasil, Peru e Bolívia. Para incêndios, a mesma coisa”, destacou Marina.
A perspectiva foi reforçada pelo presidente da COP30, embaixador André Corrêa do Lago, que destacou impactos causados ao meio ambiente por causa de decisões tomadas por países de forma individual. “Estamos vivendo um momento em que as medidas unilaterais estão mais fortes do que há muito tempo e, portanto, esse fortalecimento do multilateralismo é central”, constatou.
Outro ponto de destaque apresentado nesta terça-feira foi a defesa de investimentos para a proteção de florestas e oceanos. A ideia, segundo a ministra, é fazer com que as ações sejam efetivas. No entanto, não houve detalhamento delas.
Nos bastidores do evento, houve a avaliação de que países como os integrantes da União Europeia poderiam ter anunciado metas claras no âmbito financeiro. Em outra frente, a organização afirma haver consenso de que novos instrumentos econômicos devem ser implementados para a conservação.
A COP30 tem como meta arrecadar US$ 1,3 bilhão em recursos a serem implementados em medidas contra emissões de gases poluentes. Outros programas, como o fundo para a proteção de florestas, é voltado a investimentos e abre espaço a iniciativas privadas.
“O pagamento de serviços ecossistêmicos para a proteção de florestas é, com certeza, um grande investimento. Não é o recurso retornado, com o próprio instrumento da lógica do mercado. A gente cria um fundo que é capaz de viabilizar recursos não reformados para manter a floresta em pé e para a restauração”, declarou a ministra Marina Silva.
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